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   2.3.05  
Não sei bem como a história começou. Quando cheguei, já estava no auge, mas não demorei muito pra identificar os personagens, em meio à gritaria e à multidão que se formou pra assistir. Dois guardar municipais, um vendedor de livros usados e um transeunte participativo.

Parece que o vendedor de livros usados estava no seu local de trabalho - a calçada - exercendo seu ofício diário, que é exatamente vender livros usados na calçada. Uma atividade que, aliás, tem toda minha simpatia. Então estava lá o vendedor quando chegaram os dois guardas municipais que, suponho, tentaram recolher a mercadoria ou o próprio vendedor das mercadorias. O vendedor reagiu no melhor estilo daqui-não-saio-daqui-ninguém-me-tira e iniciou uma discussão, tentando convencer os guardas que não estava comerciando produtos roubados ou falsificados. Os guardas pareciam não se convencer com os gritos e é aí que o transeunte se torna participativo, gritando repetidamente e o mais alto que conseguia em defesa do vendedor.

Foi nesse momento, quando o circo já estava armado, que eu cheguei. A tempo de assistir o vendedor ficar cada vez mais irritado e aumentar a intensidade dos gritos. Os guardas, a essa altura, já tinham a antipatia total da platéia, incentivada pelo participativo. E a cada vez que o vendedor gritava a palavra "livros", ele agarrava os livros e jogava pro alto, com toda força. Não tá vendo que são livros? (um punhado pro alto) Nunca viu um livro não? (mais um punhado) Nunca leu na vida, né? Nem sabe o que é um livro! (outro punhado, dessa vez com mais força, fazendo a multidão desviar do impacto) Fugiu da escola, né? Por isso que virou guarda! Nem sabe identificar um livro! (mais livros pro alto).

Mal acreditei no que estava vendo. Seria a resposta às minhas orações, se eu fizesse orações. Uma chuva de livros.

E a gente achando que milagres não acontecem.