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   28.10.05  
Contagem regressiva

   


 
Eu mereço

Nas lojas americanas:

- Essas tinturas de cabelo estão muito caras, né? Um absurdo!

(quem é você? te conheço? você me conhece? que papo é esse? nem estamos na seção de tintas!)

- Hein? Não estão? Muito caras!
- Não sei, eu não compro.
- Nem eu.

(pqp)

- Não compro não. Só pinto no salão. Sempre falo pra minha filha: vale a pena pintar no salão, porque as tintas estão muito caras.
- ... é...
- E no salão ela ainda dá uma ajeitada no cabelo.
- ...
- Você pinta no salão?
- Pinto.
- Eu pago 35 reais.
- Legal.
- Você deve pagar mais barato, porque seu cabelo é mais curto.
- ...
- Mas porque você pinta o cabelo?
- Hein?
- Por que você pinta?
- ...
- Você nem tem cabelo branco. Pra que pintar? Eu, hein! Olha só, não tem um fio branco! E fica pintando à toa! Para com isso, menina! Você não deve fazer isso. Você tem que parar de pintar esse cabelo!
- ... (cara de ai meu santinho)
   



   25.10.05  
Mudando de assunto

Tinha esquecido como esse negócio de arrumar casa dá trabalho. Mas não tinha mais condição de viver naquele estado de calamidade pública que isso aqui tinha virado. Está longe ainda do ideal, mas está ficando mais com a minha cara. Ou seja, linda, né? ;) Eu sou tão boba que tava agorinha sentada no sofá admirando minha "obra". Que até o momento foi "apenas" trocar uns móveis de lugar, jogar MUITA coisa fora e organizar toda a papelada. Ninguém tem noção da quantidade de papel e tralha acumulada nessa casa. Parece que moramos aqui há décadas.

Mas é uma sensação maravilhosa conseguir se desfazer das coisas. E organizar o que fica, nem que seja pra estar tudo desorganizado novamente em um mês. Falta muita coisa ainda. Mas olhar o resultado do que já foi feito me anima pra continuar.

Mas só carrego outra estante no próximo século. Me lembrem disso. Ou minha coluna e meus braços me abandonarão.

Pense numa pessoa cansada.
   



   24.10.05  
Esse referendo acabou comigo. Sério, estou um caco. Quebrada, arrasada, derrotada mesmo. Não consigo nem articular um texto. E queria tanto. Porque tenho milhares de coisas pra colocar pra fora. Mas eu faço isso falando. Já falei tanto. Não falo de outra coisa há um bom tempo, mas ontem realmente eu perdi a medida. Até consegui um voto no sim na última hora. Me surpreendi e escutei "você conseguiu me convencer, não tenho mais dúvidas". Não era um voto no não que virou sim. Era um voto nulo que virou sim. Mas um voto muito importante pra mim. Fiquei feliz. Como se, atualmente, fosse possível ficar feliz.

Você consegue? Eu não.

Voltarei ao assunto mais tarde. Agora vou tomar café. Tô quase indo pra rua tomar banho de chuva. Lavar a alma, como dizem por aí. Tô precisando mesmo.
   



   23.10.05  


"Evelyn Waugh was a man".
Quando ela fala isso não dá vontade de gritar "uhu!"?
   



   21.10.05  
Won't you please, please, help me?

Tenho um desafio pela frente. Preciso fazer uma sobremesa que não leve nada de açúcar ou gordura, nem ingredientes que tenham muito ferro. E, claro, que seja gostosa de verdade e não aquela coisa que a gente fala "ah, pra doce diet até que está bom". Até agora só arrumei uma receita de mousse de goiaba mas, sinceramente, não tô levando muita fé.
   



   20.10.05  
la moneda
A Batalha do Chile (Patricio Guzmán).

Documentário sobre o golpe chileno e a deposição de Allende. Todo filmado na época. Pra vocês terem idéia de como esse filme me tocou (e até, quem sabe, pra me conhecerem um pouco), só digo que chorei no cinema. Não aquele choro dramático, desmedido, que deixa o nariz vermelho. Mas aquelas lagriminhas discretas e incontroláveis. De quando a gente fica arrepiada e chora de emoção.


update pro pessoal de sp: fiquem atentos porque o filme vai passar na mostra (as 3 partes, em 3 sessões). Não me decepcionem, hein?
   


 
O tempo passou e eu nem postei sobre todos os filmes do festival. Como se não soubéssemos todos que isso ia acontecer. Mas eu deixo acumular até um ponto em que eu penso "ah, agora deixa pra lá". E pronto. Pós-festival teve "O Jardineiro Fiel", que achei bem marromeno. E muitos dvds, porque resolvi dedicar minha vida de pessoa não economicamente ativa à assistir todo o acervo da locadora. Nos breves momentos em que as obras no apartamento em frente permitem que o som da televisão chegue até o sofá, é claro. Mas já tô cansando dessa vida. Quer dizer, não é bem cansando. É que outro dia aluguei até "a dona da história". Algo me diz que estou indo longe demais.
   


 
Crise de abstinência de coca light, era só o que me faltava.

Mas por um momento... ah! por um momento eu juro que pensei... Porque o Daniel chegou da rua com uma garrafa de dois litros e não sei porque, não sei se era porque ele estava com uma cara feliz, ou se é porque eu estou mesmo ficando maluca, só sei que dei um pulo e arranquei a sacola da mão dele, achando que ele tinha encontrado coca light normal. Cheguei a gritar "você achou! você achou!".

Ah, que isso, elas estão descontrolada.

É grave.

(e chega de post sobre esse vício maldito!)
   



   19.10.05  
Descanse em paz


Sentirei saudades.

É o fim. O FIM.

*snif*

(Nessas horas, eu até repenso meu voto no sim. Vai que um dia eu encontro o responsável por esse crime...)
   



   17.10.05  
Caso você tenha chegado aqui pra checar a história dela, eu confirmo: é verdade.

(eu devia dizer que é mentira, só de vingancinha, porque quando nos (re)encontramos ela nem me esperou completar a primeira frase pra me chamar de "mulé apito")

E não é uma questão de ser blasé nem nada. Mas não entendo como alguém vem ao Rio, encontra comigo e acha mais marcante esbarrar numa celebridade de quinta categoria. Esse povo que não apita é estranho mesmo. ;)
   



   16.10.05  
Falando em remédios

O que fizeram com a coca light? Que porra é essa? Tão malucos? Querem me matar?

Ninguém avisa que vai mudar nada, a pessoa inocentemente toma um gole, acha que o copo estava sujo (é sempre uma possibilidade, quem me lê há mais tempo sabe que eu já servi coca-cola com detergente pra visitas, e não, não foi intencional), joga fora, lava bem o copo, serve mais coca e descobre que não era o copo que estava sujo.

Vou pesquisar e descubro que tenho em mãos uma "nova coca light", com "nova campanha, decoração de embalagem e aprimoramento de sabor".

Aprimoramento de sabor? Como ousam? Como podem sequer tentar "aprimorar" o que já é perfeito?
   


 
Tira o tubo

É isso mesmo? Eu acabei de ver um comercial da campanha do não comparando armas com remédios e produtos de limpeza?
   



   13.10.05  
Ser pobre é mesmo uma merda

Mas não é uma merdinha não. É uma merda muito grande.

Porque a pessoa ainda nem conseguiu comprar os volumes já lançados de The complete Peanuts, fica nervosa ao ver que os volumes vão se acumulando e nenhum deles está ao seu ladinho para todo o sempre como deveria e aí, como se não bastasse, lançam mais esse.

"Ah, Angélica, mas você pediu demissão e agora fica reclamando que não tem dinheiro?" Hahaha. Como se.
   



   12.10.05  
Richard Linklater é um gênio

Quantas vezes o telecine já reprisou Escola do Rock? Quinze? Vinte? Por aí. E porque eu assisto todas as vezes? E canto todas as músicas? E sei as falas de cor? Simplesmente não consigo resistir. É grave, doutor?
   



   11.10.05  
Apenas mais uma terça-feira

horas dormidas: 5

forma de despertar: telefone tocando

telefonemas importantes: 0

telefonemas do ex-emprego-de-onde-saí-há-dois-meses-e-ainda-tenho-que-resolver-coisas-mas-sobre-meus-salários-atrasados-ninguém-se-manifesta: 1

planos planejados: muitos

planos executados: 0

notícias boas: 0

notícias ruins: 1

sonhos abortados por conta da notícia ruim: um milhão, novecentos e quarenta e nove

copos de coca light consumidos: 2

emails sem dignidade pedindo emprego: 1

pendências resolvidas: 1

peso retirado das costas com esta resolução: dez toneladas

idéia de jerico do dia: lavar as cortinas

tarefas pendentes para amanhã: terminar de lavar as cortinas (ninguém mandou começar)
   



   10.10.05  
British Library Online. Pode demorar um pouquinho pra carregar, mas tenha paciência porque vale a pena.

(dica da Maura)
   



   8.10.05  
Qualquer filme que tenha esse casal já merece ser visto. Juliete Binoche e Daniel Auteuil. Adoro os dois. Já o diretor não me animava muito. Só tinha visto dois filmes dele: Funny Games é bom, mas nem tanto assim, e "A Professora de Piano", pra mim, ainda não disse a que veio. Mas até que gostei bastante de Caché. Adorei o início e adorei o final. Do meio eu só gostei. Porque eu acho que esse negócio de "culpa dos ricos" já encheu um pouco o saco. Mas aqui até que a abordagem ajudou, porque essa culpa não serve pra redenção de ninguém. Quando a culpa incomoda muito o cara simplesmente apaga a luz e dorme. Acho que vocês ainda não viram esse filme e ninguém está entendendo nada, né? Deixa pra lá. Comecei a viajar sozinha. Quanto ao diretor, é interessante ver como ele leva o público pra onde quer. Na cena que é pra chocar, o cinema inteiro grita. Na cena que é pra confundir, tem gente que chega a vaiar (não o filme, mas o que acham que é o filme).

Mas não era nada disso eu queria falar. Eu queria falar mesmo era da casa do filme. Porque eu preciso muito ter uma casa assim.
   



   7.10.05  

Adorei. Apesar de não conseguir ver no Bill Murray isso tudo que as pessoas vêem. É um filme de detalhes, com humor na medida, sensibilidade, ótimas interpretações. Pelo menos uma cena que anotei mentalmente pra imitar no meu filme (que nunca farei, fiquem tranquilos). E, pra melhorar, um final do jeito que eu gosto. Ou seja, tudo pra ser perfeito. Mas ainda assim ficou faltando alguma coisa. Não sei bem o que. Ótima desculpa que arrumei pra ver de novo. ;)
   



   6.10.05  
Sozinha na rua, morrendo de cólica, longe de casa, o trânsito parado.
Torcendo pro trânsito fluir. Pra dor diminuir. E chorando baixinho.
   


 
Apertando a mão do diabo. Roméo Dallaire era o chefe das forças da ONU em Ruanda em 1994 (em "Hotel Ruanda" ele é representado por Nick Nolte). O filme acompanha a viagem de Roméo à Ruanda, dez anos depois. Eu esperava tanto deste filme que me decepcionei um pouco. Mas ainda assim, é um documentário que vale a pena e deve ser visto, por todos os motivos que vocês vão ler por aí. O diretor levanta a assume claramente a acusação aos países europeus e aos EUA por terem criado os conflitos (belgas), trabalhado diplomaticamente a favor do governo quando já sabiam dos planos do massacre (franceses), se omitido durante e após o massacre, alegando não ter conhecimento suficiente da situação e, quando já era tarde demais, abandonado literalmente os ruandenses à própria sorte, sabendo que seriam mortos. No último caso está uma das melhores cenas do filme: ruandenses implorando por ajuda a soldados e cidadãos europeus enquanto estes fugiam do país às pressas.

Mas como é um filme mais sobre a atuação dos brancos do primeiro mundo do que sobre Ruanda, fica faltando uma análise mais profunda das origens do conflito e, principalmente, de suas consequências. E Roméo Dallaire - que voltou de Ruanda sofrendo de depressão e estresse pós-traumático, abandonou as forças armadas e atualmente é senador no Canadá - tem um olhar muito externo, e discute com base em argumentos como "mal absoluto" (o diabo do título) e "paraíso". E a gente fica o tempo todo esperando ele falar do "bom selvagem".
   



   4.10.05  
Momento cuti-cuti

Coisa linda da titia.

Momento Quem Pergunta Quer Saber

É uma questão boba, mas que de vez em quando me incomoda. Eu tento responder a todos os comentários, na caixinha de comentários mesmo. Mas sempre fica a dúvida. Vocês voltam pra ler? Ou fico falando com o vento? Seria melhor responder os comentários por email? Particularmente, prefiro comentar aqui, até porque às vezes a resposta pode interessar aos outros também. Mas se ninguém lê, posso pensar em comentar por email. E aí?

Momento ameaça

Não pensem que os posts de filmes acabaram.
   



   3.10.05  
Depois de tanto tempo no esquema chuva - ar-condicionado - chuva - ar-condicionado, até que demorei pra ficar gripada.

Só saí de casa hoje porque já tinha comprado meu ingresso pra Manderlay. Acabou sendo uma tortura ficar no cinema com a cabeça pesada e o nariz coçando...

E no metrô, pra completar o dia, ainda tive que ouvir um imbecil explicando como educa o filho. "Eu digo pra ele: ou você apanha de mim, pra aprender, ou vai apanhar depois da polícia. Eu prefiro te bater, então. Porque apanhar da polícia é muito ruim."

E a mulher grita "Jéssica, Kelly, vem logo!" e eu fico esperando duas meninas, mas só aparece uma. A Jéssica Kelly.
   



   2.10.05  

A morte do senhor Lazaresco. Não entendi porque fizeram um cartaz com cara de comédia. Tem esse outro aqui, mas é sombrio demais. E eu queria usar o original, em romeno. (quem me garante que está em romeno? Ninguém, né? Só me falta aparecer aqui alguém que entende romeno) Parece que os cartazes não conseguiram achar o equilíbrio do filme. Que não é comédia - apesar de ter muito humor - e nem é drama pesado - apesar do tema.

Sabe quando a gente assiste E.R. ou outras séries e filmes passados em hospitais e pensa "só queria ver se fosse aqui, se seria fácil assim"? Então. A morte do senhor Lazaresco é aqui. Quer dizer, é em Bucareste. E se eu não digo "Bucareste é aqui" não é por vergonha de usar clichê. Mas é porque aqui sr. Lazaresco nem ia sair de casa. Pelo menos, não de ambulância e acompanhado de uma enfermeira.

Quando a gente lê a sinopse do filme, não espera muita coisa. Eu só fui ver porque me indicaram. E ainda bem que eu fui. Porque a história é tão real, o filme é tão real, o sr. Lazaresco é tão real. Todos os personagens são. Os vizinhos, a enfermeira, os médicos. Pessoas de verdade mesmo. Acho que foi isso que mais me impressionou.

(A Mary foi pesquisar sobre o filme e achou isso. O diretor também é artista plástico. E decorou uma das vacas da tal da cow parede. Ainda não assimilei essa informação direito. Mas o que seria da gente sem internet? Sem saber dessas coisas todas?)
   



   1.10.05  
Espelho mágico. Manoel de Oliveira. Adorei. Gostei. Adoro ouvir português de Portugal, acho a coisa mais linda. Eu tinha dito que o filme era maravilhoso, mas exagerei. É apenas bom. Mas a sequência da viagem à Veneza e Jerusalém é sim maravilhosa e vale o filme. (aliás, desde "Um Filme Falado" eu tinha achado isso: como ele consegue mostrar lugares tão conhecidos, tão clichês, de uma forma completamente nova).

Carreiras. Domingos de Oliveira. O filme é praticamente um monólogo. Quer dizer, pra funcionar, precisa de um texto e uma atriz, no mínimo, ótimos. E tem os dois. Excelente. Eu nem vi na sessão de estréia, fui naquela "popular" de dois reais ao meio-dia. E o Domingos de Oliveira estava presente nessa também. Achei tão delicado. Mas não foi por isso que eu adorei o filme. Foi porque é bom mesmo.

Cortesãs à beira de estrada. Documentário sobre meninas de uma cidade indiana que se prostituem à beira das estradas. A diretora acompanha durante alguns anos a vida de uma dessas meninas que, junto com as irmãs, sustenta o pai e os irmãos com a prostituição forçada e luta contra esta tradição. Parece muito melhor do que na verdade é. No final das contas, o filme decepciona por não aprofundar nenhuma das questões que levanta. Uma pena.
   


 
Factotum. Se você gosta de Bukowski, provavelmente vai gostar muito. Se não gosta, eu já não sei. Mas eu não tô aqui pra dizer quem vai gostar ou não do filme. Só sei que eu gostei. É uma adaptação muito, muito, muito fiel de Bukowski. Excelente mesmo. A ambientação do filme, o clima, o ritmo, é tudo perfeito. O único problema é o Matt Dillon, que não está à vontade em nenhum momento. O tempo todo a gente percebe que ele está forçando a barra. Não é um problema pequeno se você pensar que ele é o protagonista. Em compensação, a Lili Taylor é tudo que a gente sempre imaginou que uma mulher do bukowski seria. E, a favor do Matt Dillon é preciso que se diga que ele está com a voz do Jim Morrison. Sério mesmo. Até assusta.
(nem sei porque, mas eu nem tinha visto esse filme na programação. A Nanda que me alertou. Aí me empolguei tanto que até ficamos com medo dele ser a tradicional "furada do festival". Felizmente, não foi.)




Last days. Eu nem ia assistir porque era praticamente certo que seria lançado em circuito. Depois que assisti, tenho minhas dúvidas. Não que eu não tenha gostado. Pelo contrário. Mas é o seguinte: quem não gostou de Elefante, o filme anterior do Gus Van Sant, provavelmente não vai gostar desse. E estamos falando aí de 90% das pessoas, né? Pra ser otimista. O que é uma pena, porque eu adoro Elefante. E nem assim adorei Last Days. Adorei algumas cenas. Adorei muitas coisas do filme. Mas não sei se adorei o filme. Sinceramente, não tenho opinião ainda. Quero ver de novo. Eu não gosto do tal de Michael Pitt. Ele tem aquele biquinho que não dá pra levar a sério. Mas não é por isso minha dúvida quanto ao lançamento. Mas acho que vender o filme como estão fazendo, algo do tipo "inspirado nos últimos dias de kurt cobain" e tal, é um erro. Porque pelo comentários, percebi que as pessoas vão querendo assistir episódios da vida do kurt cobain. E aí encontram um filme sobre o nada. O nada mesmo. Sobre depressão. Não melancolia ou aquela tristezinha que a gente sente de vez em quando e chama de depressão. Mas depressão de verdade. E toda a sua impossibilidade de ação e comunicação. Então é o seguinte. Eu gostei. Mas não recomendo. Porque não quero ninguém me xingando depois.

Já que falei de Matt Dillon e Gus Van Sant no mesmo post, lembrei de uma coisa. Eles já fizeram um filme juntos. Dois, na verdade. Drugstore Cowboy e Um sonho sem limites. O segundo também era com a Nicole Kidman e o Joaquim Phoenix. Mas quando lançou, eu fui ver mesmo por causa do Matt Dillon. Ele já foi meu "ídolo". E Joaquin Phoenix na época era só "o irmão do River Phoenix". Pois é.