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   31.5.04  
Houston, we have a (big) problem!

Minha calça ainda não secou e eu preciso sair de casa. Não que eu queira, mas eu realmente preciso.

Vou apelar e, como diria minha mãe, enfiar rio de janeiro dentro de niterói. Sendo que rio de janeiro sou eu e niterói a calça velha que acabo de resgatar de dentro do armário, caso alguém não tenha entendido. Perde toda a graça que já não tinha quando a gente precisa explicar assim, mas enfim.

Espero que os seguranças não me confundam com uma mulher-bomba e me deixem entrar no metrô. Mas se vocês escutarem um barulho de explosão, já sabem.
   



   30.5.04  
Eu já tinha me convencido que o orkut realmente não servia pra nada. Aí ontem achei uma comunidade do meu ex-colégio e, fuçando as mensagens, descobri que meu professor de matemática do segundo ano morreu. O professor de matemática que eu odiava. Que inventou que, nas aulas dele, alguns alunos teriam lugar marcado, escolhido por ele, e bem distantes um dos outros, para a "conversa insistente" não atrapalhar suas maravilhosas aulas. E, como os outros 4 alunos submetidos a essa ridícula "solução" para a conversa eram homens, ele ainda repetia, todas as aulas, que eu devia ter vergonha de estar na mesma situação, porque, afinal, eu "era uma moça".

Hoje em dia isso parece tão irrelevante. Mas na época eu odiava esse cara. Odiava. Quase tanto quanto odiava o professor de física que falava errado e dizia que não precisava saber português porque era professor só de física.

E agora descubro que ele morreu. Mas eu juro que não tive nada a ver com isso. Se tivesse sido há uns 15 anos atrás, aí sim vocês podiam desconfiar.
   



   24.5.04  
E tinha o template novo, né? Vai ter que esperar minha preguiça ir embora. Pois se eu não consigo nem enfrentar a pia da cozinha. Toda hora eu vou lá. Paro. Olho. Tenho vontade de chorar. Volto pra sala.

Queria ser uma mulher de revista. Dessas que acordam cedo, fazem ginástica, tomam um café da manhã balanceado, vestem roupas bonitas e vão trabalhar, almoçam frango grelhado com salada, trabalham o dia todo, sempre bem-humoradas, saem para um chopp com os amigos, fazem compras, vão ao cinema, e quando chegam em casa, encontram tudo arrumado, limpo, roupas passadas, jantar pronto. Não é assim a mulher moderna?

Eu não consigo nem manter a louça limpa.

Eu não consigo nem manter meu cabelo penteado, pra falar a verdade. Sou um caso perdido.
   



   23.5.04  
Cinco fotos do Gael nesta página. Desconfio que está na hora de parar, antes que isso vire de vez uma agenda de adolescente.

Mas porque ninguém nunca me disse que American Splendor era tão, mas tão bom? Todo mundo falava que era legal. Mas legal não quer dizer muita coisa. Legal é pouco. Se eu soubesse que era tão foda, não tinha demorado tanto pra assistir.
   



   20.5.04  




ô meu deus, ainda vai demorar tanto pro filme chegar aqui...
   


 
Primeiro foi a coluna do Ancelmo Gois. Agora, o RJ TV. Daí pra ilha de caras, é um pulo. Sou praticamente irmã de uma celebridade.
   


 
Como se não bastasse o monte de revista de culinária que eu tenho em casa, com receitas que nunca terei tempo/paciência/habilidade para testar, eu ainda procuro receitas na internet. Sim, colecionar receitas é uma mania. Eu adoro ler receitas, dá licença? Se tiver fotos ilustrando o processo, melhor ainda. Mas no final das contas, normalmente só faço mesmo aquelas que são rápidas e fáceis. Modo-de-fazer-bata-tudo-no-liquidificador. As melhores. As outras eu guardo para grandes ocasiões. Não tenho culpa se as grandes ocasiões não chegam nunca. Ou tenho, mas não é sobre isso que eu queria falar.

É sobre o doce que eu resolvi fazer ontem. Não levei muita fé, a princípio, porque a receita levava água. Não posso acreditar numa receita que leva uma xícara e meia de água. E meia xícara de biscoito maisena picado. Mas resolvi arriscar, e não é que ficou bom? Fica tipo um bombocado (isso na minha imaginação, porque na verdade eu não sei bem o que é um bombocado), meio molinho, uma delícia. Se quiser arriscar, taí a receita:

3 ovos
50 gramas de margarina (o que dá meio tablete de claybom)
1 1/2 xícara de água
1/2 xícara de biscoito maisena picado
1 lata de leite condensado
coco ralado

É só pegar isso tudo aí, menos o coco e - atenção! essa é a melhor parte! - bater no liquidificador. Depois colocar numa forma média untada, esperar uns 5 minutos (pra "assentar"), jogar bastante coco por cima, e colocar no forno até o coco ficar douradinho.


Dá mais certo se seu forno não estiver desnivelado como o meu. Porque aqui a massa escorre pra um lado do tabuleiro, fica um lado do bolo mais alto que o outro. Alguém sabe ajeitar pé de fogão?
   



   19.5.04  
Vou mudar a cara desse blog. Esse rosa cheguei ("e che-sueli", alguém lembra disso?) já meu cansou. Do próximo fim-de-semana não passa.

Fim-de-semana tem hífen?

A Ma lembrou bem: usar circunflexo diferenciador entrega muito a idade. Eu tinha uma vizinha que sempre que escrevia uma carta, um bilhete, qualquer coisa que fosse para outra pessoa, ia lá em casa e pedia "lê isso aí e tira os acentos que não existem mais". Como se a reforma ortográfica tivesse sido na véspera. Mas na aula de didática descobri que falar "segundo grau" também entrega a idade. Eu falo. Todos os alunos jovenzinhos falavam ensino médio e eu era a única que ainda insistia no segundo grau. E pensar que um dia, há nem tanto tempo assim, era eu que achava engraçadíssimo quando alguém mais velho perguntava se eu já tinha terminado o científico.
   


 
Garota, conta pra gente que ônibus é esse!
   



   17.5.04  
Mas segunda-feira é diferente, é dia útil, não tem essa de come-e-dorme, você acorda cedo, decidida a fazer o dia render. E vai pro trabalho. E quando sai já é noite novamente, passa na farmácia, passa na locadora pra devolver a porcaria do filme, chega em casa, lê emails, atende o telefonema da sua irmã e quando ela termina passa o telefone para sua mãe, que por sua vez passa pro seu irmão e você pensa que se tivesse uma família maior não teria tempo nem de comer, e desliga o telefone e escreve um post e pensa no que vai fazer pro jantar e lembra que não tem uma blusa limpa pra ir trabalhar no dia seguinte, e ainda precisa fazer a redação do francês, e tem tanto comentário e email acumulado pra responder, de pessoas que você adora e que devem achar que você é antipática, mas tem a revisão do texto que você prometeu entregar no último domingo e nem está perto do fim (calma, Nanda, uma hora sai!) e daqui a pouco acaba a segunda-feira e fica tudo pro dia seguinte mais uma vez.
   


 
Você dorme, dorme, dorme, aí acorda e a preguiça ainda é grande, e é sábado, está chovendo e fazendo frio e você acha que merece dormir mais um pouquinho pra compensar todas as noites mal-dormidas por causa do calor. Aí você dorme mais um muito, e quando acorda, sai pra almoçar, come feijoada com tudo a que tem direito, passa no mercado, passa na locadora e pergunta se tem o Drácula do Coppola e a menina, fazendo uma cara de quem nunca ouviu falar em Drácula, muito menos em Coppola, pergunta se é lançamento e você não sabe se ri ou se chora e resolve ir numa locadora de verdade, onde a atendente conhece o filme e sabe que ele foi alugado na véspera e se surpreende por essa súbita procura por um filme que devia estar há tempos pegando poeira na prateleira e pergunta se por acaso é para um trabalho de escola e você não sabe se fica feliz por ela ter achado que você ainda faz trabalhos de escola. Aí você volta pra casa e resolve dormir mais um pouquinho. Frio, chuva, feijoada, dormir não é nem uma escolha.

E dorme.

E dorme.

E acorda de novo e percebe que não fez absolutamente nada do que tinha pra fazer, e não era pouca coisa, e olha pro relógio e se assusta.

Como assim, JÁ acabou o sábado?

E como você pensava que já tinha dormido o suficiente pra passar uns dez anos acordada, resolve que no domingo vai acordar cedo e fazer tudo que tem pra fazer. E quando acorda pensa que o relógio está de sacanagem, porque já é hora do almoço de novo, e você almoça e assiste Donnie Darko e acha tão ruim que faz uma lista mental de todas as pessoas que te indicaram esse filme dizendo que era tão bom e planeja uma vingança a la uma thurman. E aí já é hora de tomar banho e se arrumar e ir pro Maracanã e assistir ao jogo e depois passar na casa da sua mãe, comer um pedaço de bolo e sair correndo e ir pra pizzaria e voltar pra casa e já é hora de dormir de novo e,

como assim, JÁ acabou o fim de semana?
   



   14.5.04  
A dor na coluna sumiu, desapareceu, escafedeu-se. Igualzinho ao Arlindo Orlando.

Agora só falta a preguiça seguir o exemplo.
   



   12.5.04  
O segredo do bom humor é nunca pensar em dinheiro.

A propósito: Poliana já se foi. Não sei porque ainda me empolgo quando ela chega, já que ela nunca fica muito mesmo.
   


 
A manhã inteira em casa escrevendo um projeto me fez lembrar dos meus áureos tempos de estudante/pesquisadora (que na época, claro, não eram tão aúreos assim, mas a memória é seletiva, vocês sabem). Mas hoje, pela primeira vez, eu lembrei sem rancor, sem tristeza, sem frustração. Estou muito Polyana por esses dias, é verdade. Vendo o lado bom das coisas. E me impressionando com o tempo e o trabalho que eu precisei pra aprender e entender coisas tão simples. Que a vida pode sim ser muito boa. Que nada é definitivo. Que eu não estou no fim da vida. Que isso aqui é só um intervalo necessário. Que muita, muita coisa ainda pode, e vai, acontecer.

   



   10.5.04  
Kill Bill vol. 2. X-games. Algumas cervejas. Muitas risadas. Almoço com as mães. Só pessoas muito queridas. A vida podia ser sempre como esse fim-de-semana: simples e feliz. (mas sem a dor de cabeça, por favor).
   


 
Pedido do Gael é uma ordem



Angélica, você não vai atualizar esse blog?


(muito prazer, eu tenho quinze anos e me divirto fazendo montagens toscas)

*post editado*
Porque quando ela me deu a idéia, eu disse que não sabia fazer. Mas resolvi fazer assim mesmo. Afinal, era o Gael, e eu achei que ninguém ia se importar com a falta de perspectiva da montagem. Tanto que nenhuma mulher reclamou. Mas esqueci que também tem homem que lê isso aqui. Aí ontem resolveram que não dava pra deixar aquele lixo. E eu ganhei uma montagem decente. :)
   



   6.5.04  
"Ninguém assistirá ao formidável enterro da tua última quimera, somente a ingratidão, aquela pantera, foi sua companheira inseparável!"

Em 1976, Glauber Rocha filmou o velório (no Museu de Arte Moderna do Rio) e o enterro (no cemitério São João Batista) de Di Cavalcanti. O curta-metragem ganhou o prêmio especial do júri em Cannes no ano seguinte e está desde 1979 proibido de ser exibido no Brasil, atendendo ao mandado de segurança impetrado pela herdeira do pintor. Para assistir ao filme, que tem locução do próprio Glauber Rocha (com textos de, entre outros Vinícius de Morais e Augusto dos Anjos), é só clicar aqui. (disponível para download e para assistir online)
   



   4.5.04  
Agora que tenho pequenas agulhas de acupuntura espalhadas pelo corpo, minha coluna parou de doer. Em compensação, nossa companheira dor-de-cabeça voltou. O máximo que eu consigo atualmente é deslocar a dor.

Os urubus que diziam que não demoraria muito para eu ter que pagar o preço de anos e anos de sedentarismo e alimentação inadequada já podem começar a comemorar.
   



   2.5.04  


A pessoa que tomou estas notas morreu no dia em que pisou novamente o solo argentino. A pessoa que está agora reorganizando e polindo estas mesmas notas, eu, não sou mais eu, pelo menos não sou o mesmo que era antes. Esse vagar sem rumo pelos caminhos de nossa Maiúscula América me transformou mais do que me dei conta.

(Ernesto Che Guevara - "De moto pela América do Sul, diário de viagem")

Estou escrevendo sobre o filme. Mais tarde, dependendo do resultado, eu coloco aqui. Filmes que me dão vontade de escrever são os melhores. Porque são os que realmente mexem comigo. No final das contas, raramente coloco aqui o resultado, porque é sempre muito pessoal. Não vou dizer que é um filme maravilhoso, não me sinto à vontade para fazer uma crítica assim. Acho até que ele poderia ser um pouco mais sutil. O Gael dispensa comentários, e o Rodrigo de La Serna, que eu não conhecia, é simplesmente sensacional. Quando a gente pensa que ele vai ser só o "engraçado" da história, ele consegue colocar tanto carinho no olhar que chega a ser comovente. Mas acho que a melhor coisa desse filme é que a gente senta a força de uma história. É óbvio que a forma como a história mexe com a gente tem a ver com nossas idéias, nossa visão de mundo. Com a nossa história também. Escrevi "história" três vezes nas últimas frases, e acho que não foi só coincidência.




Não dou uma opinião final sobre o filme porque ainda não compreendi o que exatamente me fez chorar. Mas acho que isso já quer dizer alguma muita coisa: me fez chorar.
   



   1.5.04  
Eu admiro o que não presta. Eu escravizo quem eu gosto. Eu não entendo. Eu trago o lixo para dentro. Eu abro a porta para estranhos. Eu cumprimento. Eu quero aquilo que não tenho. Eu tenho tanto a fazer. Eu faço tudo pela metade. Eu não não percebo. Eu falo muito palavrão. Eu falo muito mal. Eu falo muito. Mesmo sem saber o que estou falando. Eu falo muito bem. Eu minto.

(Marisa Monte e Nando Reis)