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   30.6.03  
Nunca soube como colocar isso no meu currículo, mas quando eu era estagiária uma das minhas atribuições era atender os telefonemas do noivo da chefe (consigo imaginar poucas coisas mais cafonas que ter um noivo) e enrolar o cara. A cada semana eu precisava inventar uma desculpa diferente para a ausência da noiva no horário do expediente. Enquanto isso, ela se divertia aproveitando o "almoço executivo" com o Jerry Adriani (taí, isso é bem mais cafona que ter um noivo).
   



   29.6.03  
O bolo de aipim ficou ótimo, o velox já tá funcionando e, sem querer, encontrei por 4 reais um livro de 37 reais que eu queria muito. Não é ótimo quando tudo dá certo?
   



   28.6.03  
Aprendi uma receita facílima de bolo de aipim com ela e queria testar amanhã. Quando estava listando o que precisava comprar, me dei conta de que, apesar de adorar aipim, nunca tinha comprado e não sabia como diferenciar um bom de um ruim. Apelei pra minha assessora para assuntos caseiros.

- Mãe, como é que eu sei se um aipim está bom?
- Pra que você quer aipim?
- Vou fazer um bolo.
- Para de inventar moda e compra um bolo pronto, oras.
- Mas eu aprendi uma receita facílima!
- Não tem nada pra estudar não? Tá com tempo sobrando assim?
- Mas esse é rápido!
- Pensando bem, pra que você quer bolo de aipim? Pra engordar mais?
- Vai dizer ou não como eu compro a porcaria do aipim?
- Ah, a casca tem que soltar fácil. E estar bem branquinho. Mas é difícil.
- Mas como você faz?
- Eu compro num vendedor conhecido, e é só perguntar se está bom.
- E você acha que algum dia ele vai dizer que está ruim?
- Claro que vai! Ele não é besta de me vender porcaria. Eu falo logo: "se esse aipim estiver duro, eu voltou aqui e taco ele na sua cabeça."
   



   27.6.03  
Piscina, cantina, vestiários, tudo de primeira qualidade. Mas a biblioteca do Colégio Ribeiro Alves é uma zona e, ao que parece, não tem nem bibliotecária. Muito bonito.
   


 
Eu sou tão inocente que quando os caras da Telemar marcaram para vir hoje instalar o Velox, eu acreditei. Não só ninguém apareceu como, quando ligamos para reclamar, descobrimos que realmente a visita tinha sido marcada por eles (é mesmo? obrigada por me informar) mas simplesmente ninguém lembrou de agendar e designar um técnico para o serviço.

E depois, quando eu reclamo, sou chata e "garota-enxaqueca". Posso até ser, mas tenho razão.
   


 
Minha irmã, comentando o post abaixo, acabou adiantando o que eu ia dizer: "da união de nossas primas com seus respectivos bocomocos, nasciam crianças ranhetas". Era dessa forma delicada que minha vó chamava as crianças chatas e manhosas. E eu não sei se a lei é universal ou apenas da minha família, mas bocomocos têm uma incrível tendência para gerar filhos ranhetas. Só que o bocomoco-mor tinha duas filhas manhosas, que eram conhecidas como cocó e ranheta (era como uma dupla caipira, ninguém nunca se referia apenas à cocó ou à ranheta). O ranheta eu entendia. Mas, "cocó"? Continua sendo um mistério.
   



   26.6.03  
Se você tem menos de 25 anos, provavelmente nunca ouviu falar em bocomoco. A palavra era muito usada na década de 70 e provavelmente minha vó foi a única pessoa que continuou usando nos anos seguintes. Mesmo sendo criança, eu nunca precisei de muitas explicações para entender o seu significado. Bastava prestar atenção nas pessoas que ela chamava de bocomocos: os maridos das minhas primas. Curiosamente, todos eram de Niterói. Niterói, pra mim, sempre foi a terra do Mineirinho, das casas com quintal e dos bocomocos.
   



   25.6.03  
Para sonhar: Paris pelos olhos dela.
   



   24.6.03  
Como se não bastassem a sujeira e a bagunça tradicionais do local, o Largo do Machado agora está cheio de barraquinhas de uma suposta festa junina, que transformaram a praça num verdadeiro mafuá. Gostaria de saber se esse pessoal tem autorização para estar ali. E, se tem, com que justificativa. Porque essa desculpa de festa junina não cola, a não ser que festa junina agora seja meia-dúzia de bandeirinhas e cocadas. Porque, tirando isso, o que se vê é um grande amontoado de barracas, que atravancam a praça inteira e vendem de bijuterias a crepe no palito, hambúrguer e até frango empanado.
   



   23.6.03  
Tem horas em tudo funciona, as peças que por tanto tempo ficaram soltas se encaixam perfeitamente, e a vida simplemente flui. Muitas vezes a gente não percebe, e só se dá conta quando tudo se solta novamente. Mas algumas vezes a gente consegue sentir no exato momento em que acontece. Ser feliz e saber disso não é fácil, mas é a melhor coisa que pode acontecer na vida. E se ainda por cima você tiver consciência de que a felicidade é também resultado do seu esforço, como se fosse uma recompensa que a vida te dá, aí então, quem sabe, você pode sentir o que eu estou sentindo.
   


 
Provas. E eu que pensei que estava livre delas para sempre.

Eu não sei mais fazer prova, fico nervosa, principalmente pela perspectiva de não poder consultar meu material. Pra mim isso é muito estranho, porque todas as provas que eu faço na faculdade (e são poucas, pois felizmente quase não se usa esse método de avaliação por lá) são com consulta. E quem acha que por isso será moleza, como se as respostas estivesses óbvias nos textos, sempre se dá mal. Pra convencer a professora do francês que eu não conseguiria escrever um texto sem dicionário, argumentei que eu uso dicionário até pra escrever em português, uma língua que eu conheço e domino. Lógico que ela não se convenceu, pois a prova é para testar o conhecimento do vocabulário também. E é por isso que eu estou nervosa.
   



   21.6.03  
   



   20.6.03  
Vocês lembram do meu vizinho? Aquele que é evangélico e tem uma banda? Eu esqueci de contar que ele começa a ensaiar à meia-noite. COMEÇA. Hoje ele atrasou e só começou agora (eu já estava preocupada). Não seria tão ruim se ele tocasse várias músicas em vez de repetir eternamente essa que tem um refrão muito legal, é assim, ó, todo mundo junto agora: te adorar, te adorar, te adorar! Pior é que, de tanto escutar, eu fico com essa droga de música na cabeça o dia todo. Quando percebo, estou cantarolando te adorar, te adorar.

Me sugeriram uma coisa que talvez funcione: quando ele lançar um disco, eu vou comprar vários. E convencer muitas pessoas a fazerem o mesmo. Assim ele fica rico e se muda. Ou, pelo menos, vai poder ensair num estúdio. Conto com vocês. Vamos transformar Te Adorar no maior sucesso da indústria fonográfica nacional!
   



   19.6.03  
Duas irmãs pegam uma caixa cheia de playmobil e começar a brincar no meio da sala. Montam um parquinho, com balanço, gangorra, muitas crianças, um bebê no carrinho com a babá, carrocinha e vendedor de sorvete, e até um policial pra garantir a segurança. Enquanto reclamam da gata, que se diverte derrubando o cenário e tentando pegar as peças de dentro da caixa, discutem como encaixar um playmobil-cineasta na história, e decidem que será Truffaut filmando Na idade da Inocência. O resto da família, assistindo à cena, não entende qual a graça (Gregory!).

Cenário montado, elas percebem que a graça acabou ali. E entendem, finalmente, porque o brinquedo é para crianças, coisas que elas não são há muito tempo. Guardam tudo na caixa, mas sorrateiramente cada uma pega um bonequinho de recordação: a irmã mais nova ficou com o Truffaut, apesar dos protestos da mais velha (oh, quem será?) que levou a menina com bolsinha.
   


 
Porque os imbecis que só vão descer no último andar fazem questão de ficar bem na porta do elevador quase vazio, atravancando a passagem? Deve ser pela mesma razão que os idiotas que irão até o ponto final ficam em pé lá na frente do ônibus como se fossem descer a qualquer momento.
   


 
Ainda existe a coleção Primeiro Passos? Eles precisam editar, urgentemente, "O que é paradigma" e "O que é logarítimo". Porque as pessoas, coitadas, precisam muito saber e aparentemente não há explicação em lugar nenhum, senão não seriam tantos esperançosos achando que vão encontrar a resposta nesse blog. Não sabia que era um assunto tão interessante assim. Infelizmente, com já disse, eu não sei o que é logarítimo, senão podia ganhar um bom dinheiro vendendo a informação.

Só espero que essa gente toda não esteja pensando em ladrilhar o Maracanã.
   



   18.6.03  
menino, não venha me dizendo que você
não pode impedir, que
estão batendo embaixo e dentro e duro, que
estão conspirando contra você,
que tudo que você quer é uma chance, mas que eles
não vão lhe dar
uma chance.

menino, o problema é que você não está fazendo
o que quer, ou
se está, não está fazendo
bem.

menino, eu concordo:
não há muitas oportunidades, e há alguns
no topo que não estão trabalhando
lá muito melhor do que
você
mas
você está é gastando energia brigando e
resmungando.

menino, eu não estou aconselhando, estou apenas sugerindo que
em vez de me mandar seus poemas
com suas cartas
queixosas
você devia entrar na
arena -
mandar seus trabalhos para os editores,
isso vai reforçar sua espinha dorsal e sua
versatilidade.

menino, quero lhe agradecer
os elogios a alguns dos meus
trabalhos publicados,
mas isso
não tem nada a ver com
nada e não ajuda
merda nenhuma, você tem que
aprender a bater embaixo
e dentro e duro.

isso é uma espécie de carta
que eu mando pra quase todo mundo, mas
espero que você receba como
uma coisa pessoal,
homem


(bukowski)
   


 
Acordei tão, mas tão bem-humorada hoje que passei o dia todo sem precisar gastar meu estoque de sorrisos amarelos. Fui simpática com todo mundo naturalmente, como se todas as pessoas tivessem, de repente, se tornado legais e agradáveis, até aquelas que normalmente me irritam (e quando eu digo me irritam eu quero dizer que realmente me irritam, tem gente que nasce com esse dom).

Não que, nos outros dias, eu seja antipática. Talvez apenas um pouco seletiva com a distribuição da minha simpatia. ;)
   



   17.6.03  
Não passa uma semana sem que eu receba um email ou telefonema de alguém contando que está grávida ou que os bebês acabaram de nascer. Sem falar nas fotos enviadas por mães e pais corujas, sempre com a mesma legenda "o bebê mais fofo do mundo", sendo que são vários bebês diferentes - diferentes é modo de dizer, porque são todos iguais, mas não são os mesmos, sao vários, e todos eles são considerados "O mais fofo do mundo". Mãe é mãe, né, a gente entende.

Mas é impressão minha ou estamos atravessando um verdadeiro baby-boom?
   


 
Como eu não aguentava mais ter que improvisar com facas ou qualquer objeto semelhante quando precisava de uma chave de fenda, resolvi tomar vergonha na cara e comprar uma - coisa que, na verdade, eu já queria fazer há muito tempo. Me empolguei na compra e arrematei logo um estojinho completo, com várias chaves de fenda, alicates, pinça e outras coisitas que só poderei usar quando descobrir para que servem. Na empolgação, por pouco não comprei uma maletinha de ferro, daquelas que se usa pra carregar furadeira. Só não comprei porque, infelizmente, ainda não tenho furadeira. Mas comprei aquelas chaves de fenda pequenas e delicadas, que eu acho que só servem para apertar parafusinhos de óculos. E eu nem uso óculos.
   



   16.6.03  
Tudo o que eu queria era uma noite de sono tranqüila.
Se não for tudo, pelo menos já é um ótimo começo.
   



   15.6.03  
Eu poderia dar mil desculpas para tão poucos posts, e todas seriam verdadeiras: muito trabalho, um pouco de estudo (por isso que choveu ontem, não sabiam?), muitos livros novos e alguns filmes. Pra não falar nos processos da Inquisição que eu fico tentando decifrar (vocês sabiam que Antonio Gil mourisco forro morador de Lisboa foi acusado de heresia e apostasia no ano de 1543 do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo e preso no cárcere do Santo Ofício e perguntando se era cristão em sua boca mas mouro em sua vontade e coração disse que sim? Assim mesmo, sem pontuação nenhuma por páginas e páginas, que essas coisas não existiam em 1543).

Mas, na verdade, é preguiça de escrever mesmo. E, principalmente, falta de, digamos, infra-estrutura. Porque eu sou fresca, e só consigo escrever se estiver sozinha. Resumindo, a falta de posts é por isso: frescura.

Tem um filme ("Dragão Vermelho") me esperando, e um livro novo que eu comprei na banca de jornal, mas não é da coleção d'O Globo, é um que tem uma encadernação decente.

Só pra terminar: looooove, love will tear us apaaaart agaaaaain. É, eu vi "A Festa nunca termina" e acho que você devia fazer o mesmo.
   



   12.6.03  
Duas coisas que todo mundo tem e eu não: calça jeans e amigos.
   


 
Já estava indo dormir, quando ouvi que ia um médico no Jô falar sobre hepatite C. Resolvi assistir, mas como ele seria o último entrevistado, tirei o som da TV e liguei o computador pra passar o tempo. Quando lembrei da entrevista, o programa já tinha terminado. Distraída? Eu?

Alguém assistiu?

Minha mãe começou o tratamento com Interferon peguilado semana passada. A reação, infelizmente, não tem sido nada boa.
   


 

   


 
E já que os comentários me desmentem:

- Você não pode fazer esse tipo de piercing, olha só, sua orelha tem essa parte aqui saliente.
- Claro que posso, acabei de olhar no espelho.
- Impossível. Não dá, você não tá vendo essa parte aqui?
- Que parte?
- Essa, ó.
- Qual? Quando eu olhei no espelho não tinha nada disso!
- Peraí, de que orelha você está falando?... Hmmm... olha que engraçado! Na outra orelha dá. É que eu estava falando da outra. Que estranho! Elas são completamente diferentes!! Completamente. Que coisa, hein?

Pronto, confessei. Eu não descobri sozinha.
Mas o que importa é que minha vida nunca mais será a mesma.
   



   10.6.03  
Levei 29 anos pra descobrir que minhas orelhas são completamente diferentes uma da outra. Completamente. Que coisa.
   


 
Semana passada eu estava me vangloriando de não aparentar a minha idade, "todo mundo acha que eu tenho menos", "se quiser, posso enganar que tenho dezoito, tá bom, vinte" essas coisas idiotas que me fazem feliz.

Aí tive a (in)feliz idéia de assistir fitas de vídeo antigas, com gravações de aniversários da família, e aproveitar pra mostrar pro Daniel os áureos tempos da "família ripinica" (não faço idéia de onde vem essa expressão, mas minha mãe sempre se referiu à gente assim), em que havia dinheiro para festas. Só que na época da gravação de algumas dessas fitas eu tinha realmente vinte, e até dezoito anos. Olha o perigo. Já pensou se ele resolve perguntar "ué, você não disse que aos vinte era igualzinha a hoje? Então quem é aquela mulher magra e bronzeada do vídeo?"
   



   8.6.03  

Pique-esconde


   


 
Vou ali comer bomba de creme e ouvir Ventura até cansar.

E ainda tem gente que não gosta de domingo.
   



   6.6.03  
Semana passada foi meu primeiro teste no francês, e minha redação, além do tradicional trés bien, ganhou um chapeau!. Não entendi nada, ninguém sabia me explicar que tive que perguntar pra professora, que explicou que ela estava tão boa que estava chapeau!, ou em bom português, "de tirar o chapéu".

Ou, como disse a Nanda, "mais uma gayzice francesa!"
   


 
Enquanto eu lia esse post da Rosana senti a perfeita sensação de que era eu que estava falando.

Dizer que os livros são amigos pode parecer besteira, ou até lugar comum, mas é exatamente assim que eu sinto. Por isso fico angustiada toda vez que penso nos livros que eu li e que não eram meus (na maioria, eram de bibliotecas), porque sei que se eu precisar deles, eles não estarão comigo a qualquer momento. E, às vezes - pra não dizer sempre - eu preciso dos livros, dele todo ou só de um trecho, uma linha, uma frase, preciso como se fosse a palavra de um amigo.

Conhecer um novo livro, um novo autor, é como se apaixonar, ou como conhecer uma pessoa nova. No início, você vive aquele período de "encantamento", de troca, de descobrir as coisas novas que ele tem pra te ensinar. É uma fase intensa, rica, de paixão mesmo, que aos poucos vira algo mais sólido, passa a fazer parte de você, da sua vida, do seu modo de ser. E vira um amigo com quem você sempre pode contar.

Eu empresto os meus livros, mas não qualquer um. E nem para qualquer um. Empresto principalmente para pessoas com quem eu quero dividir o que eu sinto quando os leio. Empresto também para as pessoas em quem eu confio, e que eu considero merecedoras. É um critério muito pessoal, e muito restritivo, eu sei, mas eu me sentiria traindo meus amigos se os largasse na mão de qualquer um.
   



   5.6.03  
Cada vez que eu me dou conta que o que eu escrevo aqui é lido por muito mais gente do que eu imaginava quando comecei, mais difícil fica escrever. Qualquer dia só poderei postar receitas de bolo.

E agora ainda descobri que o que eu posto aqui não é lido só pelas pessoas que lêem o blog. Tem aquelas que lêem por cima do meu ombro, enquanto eu escrevo, depois resolvem tirar satisfações e criam cenas constrangedoras. Portanto, crianças, aprendam com a tia: não se escreve sobre assuntos que envolvem outra pessoa quando ela está na mesma sala, porque ela pode estar lendo por cima do seu ombro e, eu garanto, o resultado não será nada agradável. Não mesmo.
   



   3.6.03  
Não sei porque, durante o almoço, o assunto chegou aos logarítimos. Casa que tem engenheiro é assim, se você bobear, entre a entrada e o prato principal surge um logarítimo na mesa. Minha irmã dizendo que nunca entendeu direito, meu pai tentando explicar, Daniel ajudando... e eu confessei que nem sabia o que era logarítimo. Espanto geral, como se eu tivesse dito que não sabia o que era, digamos, uma cadeira.

Aí resolveram me ensinar logarítimos. Meu argumento para resistir era óbvio: se eu não aprendi isso na escola, quando poderia fazer falta, e não me fez falta nenhuma, porque eu aprenderia agora? Pra que uma pessoa precisa aprender isso? Pra que serve um logarítimo?

- Se você quiser construir uma ponte pênsil, por exemplo. Ou se for ladrilhar o Maracanã, você...

Nem continuei a escutar. Nem poderia, porque minhas risadas eram mais altas que tudo. Pelo amor de Deus! Realmente, meu sonho sempre foi ladrilhar o Maracanã.

E, de qualquer forma, eu nem sei o que é uma ponte pênsil. ;)
   



   2.6.03  
Matrix Reloaded em uma palavra: tédio.
Matrix Reloaded em duas palavras: tédio e pretensão.
Matrix Reloaded em três palavras: devolvam meu dinheiro!
   



   1.6.03  

Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém
Fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão
Uma parte de mim, pesa
Pondera
Outra parte, delira
Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte, linguagem
Traduzir uma parte noutra parte
Que é uma questão de vida ou morte
Será arte?


(Ferreira Gullar)

   


 
Eu matei o bocozices, me arrependi e voltei. Simples.
Os motivos do "assassinato" foram muitos, e mesmo que não tenham sido completamente resolvidos, percebi que o fim do blog não ia ajudar em nada a solucioná-los. Só ia me privar de algo que gosto muito, que é escrever aqui e, acima de tudo, conhecer pessoas tão maravilhosas como as que eu conheci por causa dessas bocozices. Aproveitei o intervalo pra mudar a cara do blog, coisa que eu já queria fazer há muito tempo. Ainda não está pronto, mas está a minha cara.

Como?, vocês vão perguntar, como pode ser a sua cara, se o outro também era a sua cara, e era tão diferente?. O outro era a minha cara mesmo, combinava comigo. Mas esse aqui também. Entender isso é um grande passo pra tentar me entender.

É isso. Bem-vindos ao novo Bocozices.