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   25.5.06  
Soul Patrol!!

Ceci, vai um tylenol aí? Ah, não precisa, né? A mcpheever passou sozinha... hohoho ;-)

(eu AMO american idol... que outro programa no mundo tem um jurado com o cabelinho repartido do simon e a paula abdul "bate-palminha" eternamente dopada?)
   



   21.5.06  
32 semanas.
Já? Já. Não pode ser. Mas é.
Se eu contar tudo que ainda falta comprar, fazer e aprender, vocês ficam com bastante pena de mim? ;)

Agora "estar grávida" já virou um hábito. A barriga pesa (e como!), incomoda às vezes, é um saco andar na rua com vontade de fazer xixi de cinco em cinco minutos... mas a gente se acostuma. A gravidez em si não é mais novidade. Agora tudo é ansiedade. Ao mesmo tempo em que não vejo a hora da minha filha nascer, me assusto quando percebo que falta tão pouco tempo. E que eu estou tão pouco preparada. Dá um frio na barriga. E um frio numa barriga desse tamanho, convenhamos, não é um friozinho qualquer.
   



   20.5.06  
06:10 Penso, logo não durmo. Mas tem um lado bom. Há quanto tempo eu não via o dia amanhecer? É a melhor hora do dia. Que eu só assisto se ainda estiver acordada. Nunca estando acordada. E quase tinha esquecido esta sensação. Mas da minha nova janela agora eu vejo morros no horizonte, e o céu está ficando rosa. É quase como se eu estivesse em Ouro Preto. Quer dizer, abstraindo muito. Tirando os prédios e o som dos ônibus. Tem que ter muita imaginação. Ainda bem que eu tenho.

Fiz a lista de tudo que ainda preciso comprar antes da Joana nascer. Nossa. É muita coisa. Fico tensa e acabo não comprando nada. É um padrão que me persegue. Pode-se dizer que esta é a história da minha vida.

Que fome. Mas acabou o pão. E o ades. Acho que ainda tem bolo de laranja. Mas eu queria mesmo era pão de queijo.

Sabe quando a gente chora, mas não é de tristeza, nem de felicidade? Então.
   



   18.5.06  
Cuma?

"A Fulana pediu o endereço do seu blog." Fulana é a enfermeira. Minha primeira reação foi perguntar "mãe, como a Fulana sabe que eu tenho blog?" Mas a resposta era óbvia, né? Então eu fiz uma pergunta mais idiota ainda. "Pra quê?". Nem merecia resposta. Mas minha mãe respondeu. "Pra ler, né, Angélica?" Veja só. Achei melhor não fazer a única pergunta que devia ter feito. E fiquei com essa dúvida. Porque eu achava que minha mãe nem sabia da existência desse blog. Eu achava mesmo que ela nem sabia o que era blog. Enquanto ela está aí. Fazendo propaganda e divulgação para as enfermeiras do hospital.
   



   16.5.06  
Com que roupa eu vou?

Amiga dona de casa, cansada de perder horas experimentando roupas toda vez que precisa sair? Eu tenho a solução. Programe sua gravidez para os dois últimos meses coincidirem com a temporada de frio na sua cidade. Pronto. Você nunca mais vai se perguntar, angustiada, olhando o espelho: com que roupa eu vou?

Porque no verão foi aquela festa. A moda toda a seu favor. Batas bonitas e baratas. Vestidões. Saias de malha, com a cintura ajustável para qualquer circunferência. E sempre a possibilidade de apelar para a moda eterna dos vestidos indianos. E sandálias rasteiras. Você já estava se achando muito esperta. Escolhi o ano certo para engravidar, era o que você pensava toda vez que ia fazer compras. Mas aí o sol se foi. Veio o frio. E a chuva. Sua barriga não parou de crescer. Seu pé não entra em nenhum dos seus sapatos fechados. E toda dia você faz tudo sempre igual. Saca a mesma calça do cabide. E alguém comenta: mas OUTRA VEZ?

Como se houvesse opção.
   



   15.5.06  
Meu primeiro dia das mães. Pra afastar qualquer tristeza. Porque é claro que a gente tem posições firmes e todo um discurso preparado. Contra datas puramente comerciais. Os porcos capitalistas e tal. E é lógico também que, tecnicamente, ainda nem sou mãe. Mas aí você acorda e ganha um presente. E um cartão assinado pela Joana (hehe) dizendo que já escolheu a escola onde quer estudar. Se você for esperto, já sabe o que era o presente. Um dvd. Escola de Rock. Oh, yeah. Ela nem nasceu e já sabe tudo que precisa saber sobre a vida. Lagriminhas. E aí você vai almoçar e ainda tem outro presente. Razão e sensibilidade. O livro. Vou dizer só uma coisa. Minha filha me enche de orgulho. O que era mesmo que eu pensava sobre os dias das mães, hein? Tinha algo a ver com o capitalismo, né? Mas acho que daqui pra frente vai ser sempre assim. Razão zero. Sou toda sensibilidade.
   



   11.5.06  
A ausência de posts é proporcional à ausência de atividade cerebral. Não sai nada daqui. Fico só olhando pra telinha. Não tem post, não tem resenha, não tem trabalho final, não tem lista de chá de bebê. Não tem nada. Estou triste demais pra pensar nessas coisas. Nessas e em qualquer outra. Mas não quero ficar me lamentando aqui. Como se estivesse pedindo piedade e afagos. Porque não estou. Só quero ficar quieta. Prefiro esperar as coisas melhorarem um pouco pra voltar. Ou, pelo menos, surgir algum sinal de que as coisas vão melhorar. Enquanto isso, o melhor a fazer é seguir a sabedoria popular. E chorar na cama que é lugar quente.
   



   4.5.06  
E hoje, depois de pouco mais de um mês morando na Tijuca, meu marido, essa pessoa nascida e criada na zona sul, que me olhava de modo estranho quando eu dava como ponto de referência "a antiga mesbla", pois como todo bom não-tijucano nunca conseguiu entender como pode ser referência um local que não existe, pois hoje, senhoras e senhores ele me surpreende com a maior prova de que não tem mais jeito, não dá pra voltar atrás, é definitivo, ao dizer: "eu vejo se tem na Praça". Assim, só "praça", sem nomear, sem nem pensar que o interlocutor pode confundir com uma das outras centenas de praças que existem na cidade, porque ele aprendeu a lição número um para se tornar um legítimo representante da sociedade tijucana: praças são muitas, mas só existe uma Praça. Oh, yeah.

(a Angela acha que é mania de todos os cariocas. Só pode ser pra esconder as origens tijucanas. hahaha ;) Porque moradores de outros bairros sempre perguntam: "que praça?")
   



   3.5.06  
Quando eu comecei a ter febre, disseram que era um sinal para eu cuidar mais de mim. Eu até entendi assim também, porque andei abusando. Mas, realmente, não sei mais o que fazer. Não posso me alienar do mundo. Não posso simplesmente fechar a porta do quarto e dizer dane-se a vida lá fora. Quer dizer, eu posso. Mas não consigo e não quero. Mas agora minha pressão está subindo e estou inchando demais e eu vou ter que me controlar, querendo ou não. Como eu vou fazer, ainda não sei. Hoje quando saí da visita no hospital fiquei meio perdida. Estava sozinha e não queria ir pra lugar nenhum. Aí fiz uma coisa que não faço há anos. Entrei na capelinha que tem lá. Sentei e pensei "vou rezar". Não sabia como fazer. Daí só chorei. Chorei tudo que eu podia e depois fiquei pensando em coisas boas. Tipo pensamento positivo mesmo. Acho que rezei do meu jeito. Fico me sentindo meio canalha porque eu nem sei se acredito em Deus. Então estou rezando pra quem? Mas sei lá. Eu quero muito acreditar. Demais mesmo.
   



   2.5.06  
CQD: "Foi aí que aconteceu. Quando fui entrar minha perna direita afundou no vão entre o trem e a plataforma." (Marina)

Estou me sentindo o máximo agora. Tipo sou grau um de alguém que já prendeu a perna no famoso vão. Será que foi estação em curva? ;)
   



   1.5.06  
Ah, eu acordei mesmo toda revoltadinha hoje. E aí tomei uma decisão. Vou virar uma dessas pessoas que dizem "ah, não gosto de política". Porque eu estou cansada já. Sobrou o que pra gente, me diz? Quem sabe aproveito o embalo e assumo também um discurso "não sou feminista, sou feminina". Sinceramente, aposto que a vida vai ficar bem mais fácil.
   


 
A gente tem que falar alguma coisa, né? Sobre essa greve de fome do Garotinho. Mas, sinceramente? Você quer que eu fale o que? Aqui em casa a gente está desde ontem discutindo isso. Não só a greve em si. Nem só a família garotinho. Mas a campanha e seus desdobramentos e tal. E essas coisas que costumamos chamar de política. E que conclusão eu posso oferecer em pleno feriado? Que descobri a vantagem de não ser mais católica. A gente se livra da culpa. Não precisa mais se preocupar com vaga no céu. E pode torcer tranquilamente pro garotinho morrer de fome de uma vez. Levando a mulher junto. E a filhinha aprendiz também. Eu não tenho palavras para descrever o que eu sinto por essa casal. É mais que ódio. É nojo mesmo. E vai além de discordâncias políticas. Entra por um lado pessoal também. Pela humilhação e escárnio desse governo com os doentes crônicos como a minha mãe que precisam entrar na justiça para conseguir que o Estado forneça os remédios que precisam pra viver. Decisões judiciais em cima de decisões judiciais que o casal feliz não cumpria. Pacientes que precisam de repouso tendo que ficar em pé em filas quando finalmente os remédios eram liberados. Etc. Daí que é difícil separar as coisas. E, neste caso, eu nem tento. Morrer de fome pro garotinho, pra mim, é pouco.

Mas aí criaremos outro problema. Fico só imaginando. As caravanas saindo de Campos com velas acesas para a vigília do mártir. Socorro.

(Mas tem outra coisa. Que me irrita profundamente. É ter que aturar políticos do quilate de um Rodrigo Maia virando os paladinos da honestidade no país. Como se a gente não soubesse. E a imprensa posando de grande defensora da democracia e fazendo denúncias "pelo bem do país". E pessoas supostamente inteligentes engolindo esse discurso também. Puta que pariu, hein? Morram todos. Todos. Vai faltar bala no meu paredão.)