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6.6.03
Enquanto eu lia esse post da Rosana senti a perfeita sensação de que era eu que estava falando.
Dizer que os livros são amigos pode parecer besteira, ou até lugar comum, mas é exatamente assim que eu sinto. Por isso fico angustiada toda vez que penso nos livros que eu li e que não eram meus (na maioria, eram de bibliotecas), porque sei que se eu precisar deles, eles não estarão comigo a qualquer momento. E, às vezes - pra não dizer sempre - eu preciso dos livros, dele todo ou só de um trecho, uma linha, uma frase, preciso como se fosse a palavra de um amigo.
Conhecer um novo livro, um novo autor, é como se apaixonar, ou como conhecer uma pessoa nova. No início, você vive aquele período de "encantamento", de troca, de descobrir as coisas novas que ele tem pra te ensinar. É uma fase intensa, rica, de paixão mesmo, que aos poucos vira algo mais sólido, passa a fazer parte de você, da sua vida, do seu modo de ser. E vira um amigo com quem você sempre pode contar.
Eu empresto os meus livros, mas não qualquer um. E nem para qualquer um. Empresto principalmente para pessoas com quem eu quero dividir o que eu sinto quando os leio. Empresto também para as pessoas em quem eu confio, e que eu considero merecedoras. É um critério muito pessoal, e muito restritivo, eu sei, mas eu me sentiria traindo meus amigos se os largasse na mão de qualquer um.
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