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24.7.03
Eu não disse que ir ao médico nunca é uma coisa simples? Só é simples pras pessoas que não descobrem em cima da hora que a carteirinha do plano de saúde está vencida, e a única pessoa que poderia saber onde está a nova está na rua sem celular. Por um milagre outra pessoa sabia, só por acidente, só porque arrumando a estante no fim de semana achou minha carteira novinha jogada no meio das tralhas, e eu precisei sair correndo pra ir buscá-la antes da consulta, e torcer pro ônibus passar rápido (não passou), mas antes precisei achar a chave da casa da minha mãe - que tá fora do meu chaveiro desde que, enfim, vamos pular essa parte - e perdi um bom tempo com isso inutilmente, porque quando cheguei lá tinha gente em casa, era dia da faxineira nova e ninguém lembrou de me avisar, aí foi só explicar pra faxineira quem eu era, desarrumar todas as gavetas da minha irmã, conter os instintos suicidas da gata, achar a bendita carteira, lavar o suor do rosto e sair correndo pra pegar outro ônibus.
Isso porque eu me planejei pra sair mais cedo, porque gosto de chegar com calma nas consultas, e ainda iria almoçar no caminho. No final, tive que pular essa parte.
Aí o médico me examina e começa a falar: "isso não é...".
...nada! Ele vai dizer que não é nada e eu vou quebrar esse consultório! Depois do que eu passei pra chegar aqui, é bom que seja alguma coisa! Eu não almocei! Não se atreva a dizer que não é nada!
"...não é o que você está pensando."
Pelo menos era alguma coisa. Só não sei o que. Amanhã tem outro médico. E uns duzentos mil exames pra fazer. Ah, como eu adoro essas coisas.
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