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   8.10.03  
Tem uma crônica do Veríssimo que fala de 3 coisas que a gente nunca deve fazer na vida. Duas eu esqueci. Mas lembro da terceira: "nunca se hospede numa pousada chamada Meu Cantinho". Por isso, assim que decidimos ficar na pousada Canto Nosso, em São Pedro da Serra, liguei correndo pra casa pra contar. A reação foi óbvia: "meu cantinho não!!!" "Mas é diferente... essa é "canto nosso" "Tecnicamente, é a mesma coisa". Já era tarde demais pra desistir e apelar pra barraca que levamos para o caso de não haver pousada no local compatível com nosso orçamento. Essa nem era tão compatível assim (é difícil acreditar que eu já fui mais pobre do que sou hoje, mas é verdade), e depois de deitar na cama e constatar que havia chuveiro com água quente e ainda cervejas no frigobar a um precinho camarada, nada ia me fazer abandonar o conforto no meio da noite pra montar uma barraca e deitar num saco de dormir. Nem a descoberta de que éramos as únicas hóspedes do local. Começamos a achar isso muito estranho, mas estava tarde, estávamos cansadas, a cama era confortável e o cobertor quentinho, no dia seguinte tínhamos muita caminhada pra fazer, então resolvemos ficar e tiramos o salame da mochila.

Calma aí que não é nada disso que vocês estão pensando. Há muitas coisas inocentes que três mulheres solteiras divindo o mesmo quarto podem fazer com um salame. Comê-lo, por exemplo. Esse do parágrafo anterior seria nosso jantar. Uma das minhas amigas, filha de italianos, era viciada em salame, aprendeu com a nona, dizia que na Itália que era bom porque lá ela fazia salame em casa, essas coisas. E achava que era a melhor comida pra carregar em viagem, de modo que nossa dieta era baseada em salame, polenguinho e bisnaguinha seven boys (não que eu esteja reclamando, era uma delícia).

Mas, voltando ao meu cantinho: como éramos as únicas hóspedes, a cozinheira vinha de manhã só pra fazer nosso café e assar o melhor pão de batata que já comi... gente, na época eu era jovem, pobre e perrengueira, essa pousada era uma excentricidade, os quarenta reais que gastei ali foram um rombo no meu orçamento, mas eu me sentia a rainha da cocada preta com essa mordomia de cozinheira particular.

Por que eu lembrei de tudo isso? Porque a Nanda descobriu o site da pousada. Já voltei à cidade depois disso, mas me hospedei em casa de amigos. Agora deu muita vontade de ir de novo. Apesar da foto do café da manhã não corresponder à minha nostalgia. Mas olhe bem para a cestinha de pão: os pães de batata estão lá, me esperando.