Fale com ela

bocozices@yahoo.com.br
orkut
Amigos

a feminista
biscoito fino e a massa
bloggete
blowg
branca por cruza
chucrute com salsicha
coleguinhas, uni-vos!
diferente diverso
diario de lisboa
drops da fal
duas fridas
fofysland
gioconda
gulinia
hunny bunny
interludio
lixomania
mau humor
meio bossa nova
menina do didentro
montanha russa
mothern
mudando de assunto
naked if i want to
num dia flores
ornitorrinco
perolas da rainha
poeticalha
ponto de partida
pururuca do brejo
quarto da telinha
quintanares
samba do aviao
sindrome de estocolmo
tempo imaginario
terapia zero
the chatterbox
the k word
tudo pode acontecer
uh, baby!!
uia!
uma dama não comenta
velho do farol
viaje na viagem

 

Motherns

alessandra
ana
barbara
bianca
claudia
claudia medeiros
chris
daniela
dani k
denise
dinha
flavia
greice
isa
leticia
nalu
rose
tati perolada
renata

 

Carioquinhas

marcia
nana

 



Arquivos

jun/2002-mai/2003
junho 2003 julho 2003 agosto 2003 setembro 2003 outubro 2003 novembro 2003 dezembro 2003 janeiro 2004 fevereiro 2004 março 2004 abril 2004 maio 2004 junho 2004 julho 2004 agosto 2004 setembro 2004 outubro 2004 novembro 2004 dezembro 2004 janeiro 2005 fevereiro 2005 março 2005 abril 2005 maio 2005 junho 2005 julho 2005 agosto 2005 setembro 2005 outubro 2005 novembro 2005 dezembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 junho 2006 julho 2006 agosto 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 abril 2008 julho 2008



Powered by Blogger




   15.1.04  
Quando a gente passa mais de seis horas na sala de espera de um hospital, aguardando uma consulta, dá tempo de conversar, dormir, ler uma revista, terminar de ler um livro, dormir mais um pouquinho, reclamar, sentir fome, brigar, sentir calor e cansaço, discutir. E ainda assim, sobra muito tempo para escutar a conversa dos outros. O que não exige nenhum esforço, diga-se, visto que as pessoas são todas donas da verdade, conhecem tudo de todos os assuntos e ficam cagando regra em altos brados. Ou então, tentam puxar conversa falando sobre a "visita à psicola" e a nutricionista que mandou "beber menas água".

Mas os caga-regras são os melhores, e como seres superiores, acreditam que todos estão muito interessados em todos os detalhes de suas vidas. E para todos os assuntos - programas de televisão, cerveja sem álcool, adoçantes com aspartame, qualidade das músicas atuais, planos de saúde - eles têm opinião, baseada em estatísticas e pesquisas que obviamente, inventam na hora, porque é só falar "nos EUA é assim assado" ou usar um número qualquer para dar credibilidade a qualquer besteira que falarem.

O negócio começou a ficar tão divertido que eu não conseguia mais disfarçar e ria tanto, mas tanto, e tão descaradamente na cara das pessoas, que fiquei até com medo de alguém querer tomar satisfação. Só que agora, na hora de escrever, não fica mais tão engraçado. Acho que é porque já dormi, descansei e comi.

Porque o cansaço e a fome me deixaram meio abobalhada. Tanto que, em meio a uma conversa sobre filmes e literatura, com pérolas do tipo "livro pra mim, só se tiver desenho", "minha filha queria comprar essa coleção que o Globo lançou, não sei pra que nem onde eu ia colocar tanto livro" e "esse negócio de ficar uma hora lendo cansa muito", quando um cara começou a contar que "há uns 25 anos, vocês nem devem lembrar, a Globo lançou outra coleção de livros, era "Globo cultural", eu comprei todos e..."

Eu surtei. Chorei de tanto rir, já imaginando o fim da frase: "ainda não terminei de ler", ou algo assim.

E, caramba, isso realmente não é nem um pouco engraçado.