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8.2.04
É a dôtora Cris fazendo nosso domingo mais feliz:
"gente, eu vou dizer uma coisa. uma coisa assustadora.
novalgina é o nome-brincadeira da dipirona. Dipirona é o nome do negócio. Aí outro dia eu tava estudando essas doenças que atacam os rins das pessoas, e uma das classes é a tal da "nefropatia por analgésicos", que acontece nas pessoas que usam analgésicos indiscriminadamente. Que as pessoas usam cronica e doudamente os analgésicos e quando vai ver, era uma vez um rim.
Acontece que ninguém sabe se dipirona causa nefropatia analgésica, porque ninguém sabe mais de efeitos malignos da dipirona. Por quê?, aí você me pergunta. Porque o Brasil é um dos poucos países onde a dipirona é liberada. Nos EUA ninguém usa dipirona. Na Europa ninguém usa dipirona. Como as pesquisas todas vêm daí, não há pesquisas que digam que malignidades a dipirona faz. A Almanha, que tem a patente do remédio, onde tem a fábrica lá que produz o remédio, na Alemanha ninguém toma dipirona. E a gente aqui usa adoidado, loucamente, feito um bando de tongolinos.
Melhor usar paracetamol (o velho amigo tylenol, aquele), que é o que os povos todos usam sem problemas."
Isso porque estávamos falando sobre novalgina num comentário ali em baixo. Eu disse que às vezes tomo novalgina com ponstan. Na verdade, eu tomo novalgina com uma freqüência alarmante. E agora a dôtora vem me dizer que desse jeito eu estou assassinando meu rim (sem falar que me chamou de tongolina). Mas como vou abandonar a dipirona? Trocá-la pelo paracetamol? Como, me diga? Uma relação de tantos anos não pode terminar assim.
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