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7.4.04
Entrar em livrarias deixou de ser um prazer pra se transformar numa tortura. Como não há dinheiro, procuro nem passar na porta, porque masoquismo não é comigo. Mas tem uma hora que não dá mais, a tentação é grande e eu tenho que entrar numa, nem que seja "só pra dar uma olhadinha". Normalmente, até a olhadinha é um prazer. Mas de um tempo pra cá, não tem mais aquela expectativa boa, de "qualquer dia compro esse". Porque o "qualquer dia" não chega nunca. E tanto, tanto livro que eu queria. Sabe aquela cena clássica, da criança pobre olhando a vitrine da confeitaria e babando? Pois então. A única diferença é que, ao contrário dos doces, os livros não terminam na primeira leitura, aí eu sempre posso reler eternamente os que já tenho.
Eu sei, eu sei, bibliotecas existem pra isso, e já cansei de utilizar esse método. E também aquele outro, mais cara de pau, de sair catando livro emprestado na casa dos outros. Mas não é a mesma coisa. Não é. E nem é esse o ponto.
O ponto é que a pessoa tem (quase) 30 anos e não pode comprar os próprios livros.
Eu poderia tirar muitas conclusões, mas prefiro ficar quieta.
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