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9.6.05
Entendeu ou quer que eu desenhe?
Eu tento. Juro que tento me comunicar com as pessoas. Mas é difícil. Claro que se eu tento passar uma mensagem para um grupo e ninguém entende, o erro deve estar no meu enunciado. Na forma como eu falei, nos códigos que usei, alguma coisa assim. Assumo a responsabilidade. A gente tem que adaptar o discurso à platéia, essas coisas. Aí eu adapto. Desisto de ser simples e direta. Escrevo tudo bem explicadinho. Resisto à tentação de perguntar no final se querem que eu desenhe. Mas explico tudo bem detalhadamente mesmo. Pra não ficar dúvida.
E eles continuam sem entender.
E aí realmente eu penso em desistir.
Mas não desisto. E faço o que desde o início eu tinha decidido que não ia fazer: preparo um modelo. E digo: é pra fazer igualzinho a esse aqui. Não gosto de fazer isso, porque significa que, mais uma vez, eles venceram. E aqui estou eu fazendo o trabalho que é deles. Mas ok. Desde que assim a coisa ande, não me importo mais.
Só que não anda.
E aí, fica muito difícil. Não posso mais perguntar se querem que eu desenhe. Porque eu já desenhei. Passei a mensagem pra outras pessoas, de fora do grupo, pra verificar se eu estava me expressando tão mal assim. Todos entenderam.
Então, realmente, eu não sei mais o que fazer. Eu desisto. Pronto. Jogo a toalha. Chega.
(Mas nem foi isso que me deixou de mau-humor. Foi a porcaria da minha sandália que arrebentou.)
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