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18.6.06
Esta copa, definitivamente, não é a minha. Estou assistindo a todos os jogos em casa mesmo, e num desânimo de dar dó. Porque eu estou pesando uma tonelada, se vocês não sabem. E quando a gente pesa uma tonelada, nada é fácil. Sair pra ver um jogo deixa de ser "vou ali na esquina ver o jogo no bar com amigos" e passa a ser "vou ter que arrumar uma roupa, me vestir, pentear o cabelo, andar, sentar numa cadeira desconfortável, ficar com o pé inchado, enfrentar fila de banheiro, dor nas costas e calor, e sem nem uma cervejinha". E nem é mau-humor. É aceitar a realidade. Aqui em casa tem canjica. Então, a não ser que seja pra ir a uma festa junina onde a canjica seja melhor do que a que tem aqui, nem precisa me chamar pra sair.
E também, é claro, a Copa perdeu toda sua importância. Levou uns oito meses, mas finalmente minha ficha caiu. Percebi o óbvio. Que a gravidez, uma hora, acaba. E que esta hora está próxima. Muito próxima. E eu poderia até ficar o dia todo deitada em casa, porque oficialmente já estou em licença-maternidade. E não consigo dormir à noite. Chutes, chutes e mais chutes. E, quando durmo, acordo assustada com as contrações pensando "será?". Mas ainda não é. Aí de manhã abro a pastinha pra olhar a guia de internação na maternidade que já está comigo. Quando saí do consultório da médica com esse papel na mão é que me convenci. Que é real. Não que eu não soubesse antes. Mas acho que não sabia que era tããão real assim. Precisava de uma prova material. Agora eu tenho. E, mesmo assim, nem arrumei ainda a tal bolsa da maternidade. Vocês vão achar que eu estou brincando. Mas eu ainda nem comprei a bolsa.
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