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   1.8.06  
Eu preciso muito voltar à terapia. Porque não dá pra ficar discutindo minha relação com a empregada pelo blog. Mas a coisa está ficando feia. Na verdade, eu tinha que ter trabalhado isso antes de contratar uma empregada. Aprender a ser patroa e tal. Não é algo inerente à pessoa, não mesmo. Ontem minha irmã não acreditou quando eu disse que mal tinha almoçado porque o arroz que ela fez estava insuportável (*). Papa. Eu odeio arroz papa. Eu odeio arroz de qualquer forma que não seja feito na hora. Fresquinho, quentinho e soltinho. Fui mal acostumada, eu sei. Minha mãe cozinha maravilhosamente bem. Então eu não como comida "mais ou menos". Ou é muito boa ou eu prefiro pão com ovo. E a comida da empregada está longe de ser muito boa.(**) Você pode pensar que é frescura minha. E é mesmo. Mas eu estou pagando exatamente para ter minhas frescuras atendidas. E minhas necessidades também. Uma delas é ter almoço todo dia, porque nem sempre eu posso fazer, principalmente quando estou sozinha. Daí de que adianta pagar uma empregada se eu não almoço porque o arroz é insuportável? Então minha irmã não acreditou e perguntou porque eu não reclamei ou pelo menos comentei com ela. Eu não consigo. Foi o que eu respondi. Ela me olha feio. E eu tenho medo de ofender. Ela veio perguntar porque eu não comi o arroz e eu desconversei. Fiquei com vergonha de dizer que o arroz estava ruim. Isso não pode ser normal. Mas é assim que eu sou. Então a Nanda disse que eu vou virar refém da empregada. Que não pode ser assim e tal. Eu sei que não pode ser assim. Mas sei também que não vou virar refém. Eu já virei. Eu passo o dia trancada no quarto pra evitar encontrar com ela. E fico me sentindo culpada. Afinal, o que ela fez? Além de ter uma voz que eu não suporto e ficar falando errado com a Joana? Porque eu odeio quando ela começa a falar "tá cholando puquê?". Tenho vontade de arrancar os cabelos, bater com a cabeça na parede e me jogar pela janela.

Ela disse também que eu estou vivendo a luta de classes dentro de casa. É por aí mesmo. Não dá pra defender o trabalho quando você é o capital. É muita esquizofrenia pra minha cabeça. A verdade é que era bem mais fácil ser comunista na época do partidão.

(*) isso porque ela nem sabe que eu não comi a lentilha que minha mãe fez pra mim porque a empregada pediu pra comer.

(**) Ela conseguiu transformar uma peça de filé mignon em bifes de sola de sapato. Eu quase chorei. Não é todo dia que a gente come filé mignon, vocês sabem. Achei até que tinha sido enganada e que não era filé mignon nenhum. Mas no dia seguinte eu mesma fiz os bifes. Macios e deliciosos. Quer dizer, o problema não era a carne. Eu até pensei em comentar com ela. Mas recuei. Veja que estamos falando de uma empregada doméstica. E eu reclamando do filé mignon. Fico me sentindo a própria maria antonieta.