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17.9.06
Às vezes ela mama de olhinhos fechados. Mas quase sempre mama de olhos bem abertos, brilhando, olhando pra mim. E quando termina, dá um suspirinho e se aninha no meu colo. Não consigo imaginar nada, nada, nada no mundo capaz de me fazer tão feliz hoje.
Às vezes ela tira a boquinha do peito por alguns segundos, me olha e sorri. Sorri como quem sabe que este momento não chegou naturalmente, mas foi conquistado por nós duas juntas, com muito trabalho e também com muita dor. Sorri como se dissesse "obrigada, mãe, por não desistir". E volta a mamar. E eu só acaricio suas costas e falo baixinho: "obrigada, minha filha, por não me deixar desistir."
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