Fale com ela

bocozices@yahoo.com.br
orkut
Amigos

a feminista
biscoito fino e a massa
bloggete
blowg
branca por cruza
chucrute com salsicha
coleguinhas, uni-vos!
diferente diverso
diario de lisboa
drops da fal
duas fridas
fofysland
gioconda
gulinia
hunny bunny
interludio
lixomania
mau humor
meio bossa nova
menina do didentro
montanha russa
mothern
mudando de assunto
naked if i want to
num dia flores
ornitorrinco
perolas da rainha
poeticalha
ponto de partida
pururuca do brejo
quarto da telinha
quintanares
samba do aviao
sindrome de estocolmo
tempo imaginario
terapia zero
the chatterbox
the k word
tudo pode acontecer
uh, baby!!
uia!
uma dama não comenta
velho do farol
viaje na viagem

 

Motherns

alessandra
ana
barbara
bianca
claudia
claudia medeiros
chris
daniela
dani k
denise
dinha
flavia
greice
isa
leticia
nalu
rose
tati perolada
renata

 

Carioquinhas

marcia
nana

 



Arquivos

jun/2002-mai/2003
junho 2003 julho 2003 agosto 2003 setembro 2003 outubro 2003 novembro 2003 dezembro 2003 janeiro 2004 fevereiro 2004 março 2004 abril 2004 maio 2004 junho 2004 julho 2004 agosto 2004 setembro 2004 outubro 2004 novembro 2004 dezembro 2004 janeiro 2005 fevereiro 2005 março 2005 abril 2005 maio 2005 junho 2005 julho 2005 agosto 2005 setembro 2005 outubro 2005 novembro 2005 dezembro 2005 janeiro 2006 fevereiro 2006 março 2006 abril 2006 maio 2006 junho 2006 julho 2006 agosto 2006 setembro 2006 outubro 2006 novembro 2006 dezembro 2006 janeiro 2007 fevereiro 2007 março 2007 abril 2007 julho 2007 agosto 2007 setembro 2007 outubro 2007 novembro 2007 dezembro 2007 janeiro 2008 fevereiro 2008 abril 2008 julho 2008



Powered by Blogger




   7.7.07  
Filhos: teoria e prática

A grande lição que eu aprendi com a maternidade foi passar a acreditar mais nos ditos populares. "Nunca diga dessa água não beberei". Nossa, tem frase mais verdadeira que essa? A gente devia receber um cartão na saída da maternidade com esse ditado impresso. É o grande conselho para a vida de mãe. Porque vocês sabem, né? Uma das funções dos filhos é essa: fazer as pessoas morderem a língua.

Todo mundo tá cansado de ouvir as pessoas bradando aos quatro ventos como seus filhos serão sempre educados, inteligentes, lindos, etc. Quantas pessoas resistem ao pensamento "eu vou educar meu filho e ele nunca vai fazer isso" quando passa por uma criança aos berros, fazendo manha no meio do supermercado? Ou falam orgulhosamente que os filhos saberão que a hora de comer não é hora de brincar, e que nunca vão almoçar vendo televisão? Os exemplos são infinitos. Atire a primeira pedra, blábláblá.

Hoje em dia, quando eu vejo alguém falando assim, eu nem falo nada. Só dou uma risadinha. E fico torcendo pra ela nunca engravidar. Ou, se isso acontecer, que tenha um ótimo curativo. Porque imagina o tamanho da ferida que vai ficar na língua depois da mordida!

É lógico que ninguém deixa de ter suas convicções só porque teve filhos. E, no geral, educamos e criamos nossos filhos de acordo com elas. Não acho que a gente deva abrir mão dos nossos princípios só porque viramos mães, muito pelo contrário. São eles que vão nos guiar nessa tarefa tão prazerosa mas também, não vamos nos iludir, tão difícil.

Mas porque essa papo todo? Porque eu estou cansada de saber que não se deve falar errado com as crianças. Que pronunciar corretamente as palavras é importante para a criança aprender a falar. Sei disso, concordo, e procuro aplicar na maior parte do tempo. Detesto quando alguém vem falando errado com a minha filha. Mas tem coisas que são irresistíveis. Porque uma coisa é já chegar falando e ensinando errado. Outra, é começar a pronunciar as palavras como seu filho de 1 ano fala. Talvez os especialistas digam que é tudo a mesma coisa, errado é errado e pronto. Mas quem é mãe sabe como o segundo caso é absolutamente inevitável. E irresistível.

E é assim que eu me pego uma bela tarde sentada no chão falando:

Dá mamã a bu! Dá mamã a bu, Joana!

Que, traduzindo do joanês para o português, ficaria: dá a bola pra mamãe. Mas que, convenhamos, assim perde a metade da graça.