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28.12.04
Vou ali aproveitar esta semana de recesso porque também sou filha de Deus. Próximo post, só no ano que vem.
No final das contas, o Natal foi ótimo. Tão simples e ao mesmo tempo tão animado.
E meu pai finalmente achou a câmera, o projetor e os filmes super-8, há tempos desaparecidos. Talvez os mais novos nem saibam o que é um super-8, mas no meu tempo de criança era a última palavra em tecnologia. Talvez poucos entendam a emoção que foi descobrir que estes filmes, que eu já dava como perdidos, ainda existem e estavam ali, nas nossas mãos! Logicamente, ninguém sabia mais mexer no projetor (e eu também tinha esquecido como cada filme é pequeno) e levamos quase uma hora pra fazer o projetor funcionar para, no final das contas, assistir apenas uns 5 minutos de filme.
Dois clássicos. "Ana Botafogo", com a grande estrela Angélica, numa brilhante interpretação, como uma bailarina cuja carreira foi interrompida pela total falta de talento. E o outro-que-eu-esqueci-o-nome, uma grande obra existencialista, onde Fernanda representa maravilhosamente o mal-estar da civilização, com suas sutis expressões de tédio e mau-humor, evidenciando todo o ridículo da exagerada alegria de Angélica - com seus saltitos desmedidos e injustificados-, como se perguntasse "essa idiota está rindo de que?".
Infelizmente, quanto íamos assistir a obra-prima do meu pai, o filme em que é simulado o meu atropelamento por um ônibus (juro!! essa família definitivamente não é normal), quebrou alguma coisa dentro da máquina, um pedaço do filme queimou (em cena digna de Cinema Paradiso), e tivemos que interromper a projeção. Mas só até eu arrumar alguém que passe tudo pra vídeo ou dvd.
24.12.04

23.12.04
Uma da manhã. Acabei de acordar. Às nove da noite estava com tanto sono que resolvi dormi cedo, achando que só ia acordar amanhã de manhã. Aham.
Fiquei estressadinha com as ruas cheias e a chuva e mais uma vez não comprei nada. Mas pintei o cabelo. Não consegui lembrar a cor que usei da última vez e que adorei tanto. Escolhi outra e escolhi errado. E a raiz ficou tosca. Mas até que eu gostei. No final, de um jeito ou de outro, sempre fica bom. (é que a modelo ajuda hohoho)
Sorte que não estava sol. Porque senão, eram realmente grandes as chances de não resistir a tentação, entrar no clima do verão e virar loira. Mas ainda não foi desta vez.
22.12.04
Já tenho uma guirlanda. Feita pela minha mãe. (vamos ver quanto tempo dura na porta, com essa vizinhança que rouba jornal, quem dirá enfeites bonitinhos.)
Mas nem isso me anima pro Natal. E olha que eu não sou dessas pessoas que odeiam festas de fim de ano, pelo contrário. Eu gosto. Sempre gostei do "clima" do Natal. E o ano novo, sem dúvida, sempre foi minha festa preferida. Mas agora, sinceramente, a única coisa que me anima no Natal é a perspectiva de comer bacalhau. No ano novo, nem isso.
A verdade é que 2004, apesar de alguns momentos inesquecíveis, termina tão mal que não vai deixar saudades. E não há muitos sinais de que 2005 vai ser melhor. De modo que. É melhor esquecer.
21.12.04
Já é natal na Leader Magazine?
Não tenho nada planejado e nem sei ao certo onde vou passar a noite de Natal (provavelmente na casa dos meus pais, mas até o momento ninguém falou sobre isso). Não comprei presentes pra ninguém. Na minha casa não tem árvore, sininho, papai noel, nada. Teria enfeite na porta se eu tivesse lembrado. Em compensação, tem três presépios. O que já seria um exagero até para uma casa de moradores realmente cristãos. Mas isso não conta muito como Natal porque meus presépios (que são pequenininhos, simples, um deles é minúsculo, lindo) ficam montados o ano todo.
Adoro presépio.
Nem tente entender.
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E essa orgia de sabores de panetone? Tradicional, light, chocolate, chocolate branco, chocolate light, brigadeiro, mousse, goiabada, floresta negra... É uma coisa só do Brasil mesmo ou é universal? Como se mudar o sabor do recheio fizesse alguma diferença.
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Ainda não ouvi a Simone cantando que então é natal. Muito estranho...
20.12.04
Para sempre na memória
Gregory!!!
15.12.04
"De que adianta mudar, se carrego comigo as minhas coisas e a Coisa? Se carrego a mim mesmo? Eu - o traste mais gasto e manchado de minha vida."
(Paulo Mendes Campos)
E nunca a expressão "tarde demais" foi tão palpável e real. Tarde demais. Voltemos à mediocridade, então. De onde eu nem devia ter tentado sair, isso sim. Ou onde eu nem devia ter entrado, pra começar. Porque é um caminho sem volta esse. Mas não é essa a questão. Já aprendi que temos que assumir nossas escolhas. Assumir as consequências. Se você não consegue resistir à tentação de ter dinheiro pra pagar as contas e decide chafurdar com os porcos, não pode reclamar quando começam a te ver como um porquinho também. Não adianta fingir que não é um deles e que um dia vai sair dali. Porque seu rabinho já enrolou e tá todo mundo vendo.
14.12.04
Eu tenho medo do vão entre o trem e a plataforma.
8.12.04
Família Ripinica
Este é exatamente o tipo de diálogo que você pode esperar ouvir na minha família. (porque uma fantasia de escola de samba é exatamente o que você pode esperar encontrar no quartinho dos fundos da casa da minha mãe.)
Me lembrei do mini-bloco carnavalesco familiar que a gente fazia na casa de praia, quando éramos crianças. Com instrumentos caseiros que minha vó ensinava e ajudava a gente a fazer. Lata, papel de pão e cola de farinha. Pra batucar, pequenos galhos de árvore. E ficávamos dando voltas na casa e na rua em frente, cantando e achando tudo divertidíssimo. Minha avó era "mestre de bateria" e fazíamos paradinha e tudo. Como se estivéssemos na Sapucaí. Sem dúvida, o mundo ficou muito mais triste e sem graça depois que minha vó morreu.
(A Nanda tá aqui no msn dizendo que eu ficava puta se todo mundo - "todo mundo" era ela e nosso irmão - não fizesse a paradinha certinha, e que eu ensaiava como se fosse mesmo desfilar na Sapucaí. Eu não lembro disso. Fala sério. Eu não era tão chata assim.)
6.12.04
De volta ao mundo real. E o mundo real não é legal, né? Não é assim de todo ruim, mas perto do outro mundo... não dá nem pra começar a comparar. E eu sou tão boba, mas tão boba, que cheguei a achar que não precisaria voltar, vejam vocês. O nível de auto-engano a que uma pessoa pode chegar.
Mas vamu-que-vamu que falta pouco pro no ano novo.
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