Em 2005 eu larguei um emprego que odiava e me fazia mal. Voltei a estudar o que eu adoro e me faz bem. Fiquei grávida. Finalmente saí da adolescência. E descobri que gosto de comida japonesa.

Não espero nada menos de 2006.

Pra todos nós.

O grande mito da gravidez

"Quando terminar o terceiro mês, os enjôos passam."

Vai nessa.

Quando eu penso em tudo que terei que fazer em 2006 - em tudo que tenho pra resolver, comprar, organizar; como minha vida vai mudar; como vou conseguir entregar o trabalho final da pós dois meses depois do parto - não vou dizer que não fico empolgada. Mas me dá um medo também que vou te contar.

Saudades do meu piano. Será que ainda sei tocar?

Às vezes eu penso seriamente em me desfazer de algum móvel da sala pra poder trazer ele pra cá. Mas só tenho o básico. Numa sala que é de estar, jantar, televisão e escritório tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Se fosse tirar alguma coisa, teria que ser a mesa. E transformo a "sala de jantar" numa "sala de música". Bem mais chique, hein?

(Eu sei que estou desocupada demais quando começo a passar horas pensando nessas coisas a sério.)

Se eu começar outro post com "ainda sem água" vocês vão me achar repetitiva. Mas o que eu posso fazer? Reclamem com a cedae.

Pior que a falta de água... não, não, aí já é exagero... mas quase tão ruim quanto a falta de água e o calor infernal são os alarmes falsos. Porque de vez em quando o porteiro vai lá e abre a tampa da cisterna e fica olhando. E eu, quando ouço, corro pra janela pra saber e é alarme falso. Só não entendi ainda o que o porteiro tanto olha na cisterna. Porque ele não abre, olha e fecha. Ele fica com ela aberta horas, super concentrado olhando lá pra dentro. Tenho até medo de perguntar. Enfim, o negócio é que tem esses alarmes falsos o dia inteiro e é enlouquecedor. Porque eu sempre tenho esperança, né? Uma hora o porteiro até começou a gritar aleluia! aleluia! Juro. Quase chorei de emoção. Mas, claro, era outro alarme falso.

Minha decisão pra 2006 é comprar mais baldes. Só tenho três. Vou comprar pelo menos mais uns dez.

Eu queria falar de outras coisas. Mas estou mesmo obcecada com essa coisa de falta d'água. Queria falar, por exemplo, do gasista que eu indiquei pro meu pai. Era pra fazer um serviço num bairro onde ele normalmente não atendia, aí meu pai deu carona pra ele até lá. E no caminho, foram batendo papo. E meu pai descobriu que o cara, além de gasista, é também diácono. E professor de filosofia pro ensino médio. E ano que vem começa um mestrado na puc. Eu fiquei encantada com essa história. Muito mesmo. Ainda mais porque o problema do gás era maior do que todos imaginavam e ele não poderia resolver. Aí indicou outra firma. E na hora da despedida se ofereceu pra emprestar um fogãozinho com bujão que ele tem, "pra quebrar o galho no natal, pelo menos". Eu sei que não é nada demais. Mas eu adorei mesmo essa história. E achei tão natalina.

Ainda sem água. Ontem chegou um carro-pipa por volta de meio-dia. Não deu nem pro começo. Tomei banho e lavei parte da louça acumulada. E só. O segundo carro, já solicitado, não apareceu até agora. Meio-dia de sexta. Ontem a Cedae informou que o abastecimento seria normalizado "até amanhã". Hoje, uma gravação informa que "a Cedae está trabalhando" para normalizar o serviço. E que este voltará gradativamente. Sem previsão de data. "Amanhã" é um conceito muito elástico.

Feliz natal pra você também, Cedae.

Não falta nada

Calor e falta de água. O que mais uma pessoa pode querer?

Das vantagens de estar grávida

As lojas estão cheias de blusinhas tipo bata. Dessas que eu não entendo porque as pessoas adoram, já que fazem todo mundo parecer grávida. Só que agora eu não me importo de parecer grávida.

Mas a verdade é que ainda não comprei nenhuma. Mas tenho abusado dos modelitos "alto-verão". Tipo camisetinha branca e bolsa florida. Porque agora, oficialmente, eu não estou gorda, estou grávida. E grávidas não tem senso de ridículo. Essa é minha nova regra. Então, blusinhas brancas marcando a barriga estão liberadas. E aí as pessoas se empolgam, colocam a mão, se emocionam, e não pensem que eu me envergonho e digo "desculpa, mas isso aí é só banha". Não quero ser estraga-prazer.

Pense numa merda bem grande.

Pronto, você já sabe como é King Kong. E ainda economizou 3 horas e uns 8 reais.

De nada. Disponha.

A gente não quer só comida

A gente quem? Me tira dessa.

O show do Rio: Parte 1. Parte 2. Parte 3.

Porque hoje eu acordei boazinha.

(Se alguém tiver o show do batom na cueca, me manda. Mal posso esperar pra ouvir. Cansei de ser esse pessoalzinho so last century. Quero virar uma mulher moderna também.)

E o fim de semana de vocês, foi bom também? ;)