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   26.3.06  
Não acaba nunca. É mesmo impressionante. Porque é um trabalho sem fim. Quanto mais você faz, mas distante está de terminar. E estou tão cansada. Mas tão cansada. Meu corpo todo dói. Se eu deitar agora, eu durmo. Mas quando olho em volta, dá até vontade de chorar. Porque é o caos. Aí a gente suspira fundo e pensa que, pelo menos, é só até amanhã.

Bem, a primeira parte é só até amanhã. Depois vem aquela fase de desempacotar tudo e arrumar na casa nova e tal. Mas não estou nem me preocupando com isso. Se tudo estiver no lugar no aniversário de dois anos da Joana, já tá bom, né? Pra mim, é suficiente.

Não sei quando volto a ter internet. Se tudo der certo e a telemar cumprir a palavra, no máximo em uma semana. Vamos torcer.
   


 
Recebi um email do submarino com o assunto "seu aniversário está chegando". Sou tão inocente que até pensei que podia ser um cupom de desconto de presente, algo assim. Mas era só uma sugestão para eu fazer uma lista de presentes no site. E vinha com sugestões de coisas que eu provavelmente gostaria de ganhar, baseadas nas minhas últimas compras e na minha navegação.

Fico aqui pensando, o que será que eu comprei para receber como indicação de presente "o monge o e o executivo"?!
   



   25.3.06  
Nunca imaginei que fosse falar isso. Mas pra tirar a Mara da final, vale tudo.

Força, Pavuna!!

(a que ponto chegamos)
   



   24.3.06  
Lembra aquela teoria da geração espontânea, que o professor de biologia explicava na aula só pra dizer logo depois que ela foi ultrapassada por sei lá que outras teorias e todo mundo achava meio ridículo porque é óbvio que não existe geração espontânea nenhuma?

Eu sempre tive minhas dúvidas.

Porque outro dia mesmo eu fiz uma faxina geral aqui em casa. Foi logo assim que fiquei grávida. Eu lembro bem que carreguei até uma estante e meus braços quase caíram e na semana seguinte descobri que já estava grávida e fiquei preocupada por ter carregado tanto peso. Enfim, não foi outro dia, mas foi há poucos meses. Nessa semana aí eu joguei sacos e mais sacos e mais sacos de coisas fora. Muita coisa mesmo. Toda aquela tralha inútil foi pro lixo. Ficou tudo lindo e organizado. Fiquei orgulhosa de mim até.

Então, se a gente levar em consideração que geração espontânea realmente não existe, o que explica que, tão pouco tempo depois, o quartinho já esteja de novo completamente tomado por tanta tralha?

Eu sempre soube que tinha razão em duvidar daquele professor.
   


 
Os grandes mitos da gravidez

"Você não vai mais andar em pé no ônibus/metrô."

Sei.
   


 
Quando anunciaram a prova do bbb, duvido que vocês também não tenham torcido para "alguém" se soltar e se espatifar no chão. Eu torci para dois caírem logo juntos. Só depois que penduraram os participantes é que vi que era baixo demais, nem teria graça. O que eu não gosto no bbb é que ele escancara todos esses sentimentos que a gente não gostaria de ter. Ou será que é exatamente isso que é o bom?

Mas o melhor do programa foi o prêmio do Rafa. A gente sabe como esse povo comemora os prêmios, né? Gritinhos histéricos. Choro. Tem gente que ajoelha. Tem gente que grita "obrigada, brasil". E o Rafa? Ganhou uma viagem para a Alemanha, para assistir a 3 jogos da Copa. Só que ele deve saber quanto uma empresa ganha com essa propaganda. Como pagar a viagem não é nada perto da publicidade e tal. E fez o que? Não gritou, não chorou, não ajoelhou. Só perguntou se não tinha direito a acompanhante. E o Bial teve que explicar que não, que era pra ele ir sozinho mesmo. Ficou aquele clima chato de "grandes merdas esse prêmio, então". Como é possível não torcer pro Rafa?
   



   23.3.06  
Ontem eu fiquei tão absurdamente cansada (pense num apartamento depois da aplicação de sinteco) que às dez da noite fui dormir. Resultado: cinco e meia da manhã eu já estava acordada. Ainda enrolei um pouco, mas às seis já estava de pé. Sei que é a hora das pessoas normais, trabalhadoras, acordarem. Mas comigo não funciona. Nunca funcionou. Não importa quantas horas eu durma, se acordo cedo, fico um caco. Ainda são nove da manhã e já estou com os olhos pesados, doida pra voltar pra cama. Mas daqui a pouco vem gente ver o apartamento. E depois, lá vou eu montar e encher caixas.

(eu falo tanto nessa mudança e ela não sai nunca que vocês devem achar que estou me mudando do louvre para versailles. Mas nem é tanta coisa assim. É que eu enrolo mesmo. Não tem uma caixa fechada até agora)
   



   22.3.06  
Vocês não sabem a dificuldade imensa que estou tendo para escolher a primeira boneca do Joana. Quem vai sair na frente e escolher primeiro: a mamãe ou o papai?

Mas são tantas opções! De bonecas e "dedoches" também. Algumas são lindas. Outras, inesperadas. Algumas tinham que falar. E tem até boneco pra mãe da Joana colocar no piano. Sem falar na própria Joana .

Mas o melhor, pelo detalhe removível, é mesmo o namorado da mary.

(o site foi uma indicação das fridas.)

(nossa, quanto link.)
   


 
Vomitei. E ele nem esperou chegar na grama. Já foi gritando de dentro da casa. Quando ele levantou os bracinhos eu já comecei a gritar. Nããããããooooooo! Socorro. Obrigada, Brasil já é demais. E agora ainda tem "obrigada, pavuna!" Quem aguenta isso?

Eu não suporto mais olhar pra cara do Tinho. Aquele risinho debochado. De quem pensa "já ganhei". E só de imaginar a risada da Mara eu já passo mal. E até do Rafael eu tô ficando com raiva. Eu aqui, doida por um barraco pra salvar essa semana final. E ele elogiando a Mara. "Pessoa iluminada" e tal. E fazendo cafuné no Tinho. Por favor, né?
   



   21.3.06  
Nunca, nunca mesmo, invente uma mudança quando você estiver grávida. Se for inevitável, não raspe o tacho. Não use todo o seu dinheiro na compra do apartamento. Separe uma quantia para contratar uma secretária particular. Eu teria trocado de bom grado alguns metros quadrados por uma que resolvesse absolutamente tudo pra mim. E ainda pagaria um adicional se ela enxugasse minhas lágrimas.

Minha última mudança foi há menos de cinco anos. E foi tudo tão simples. Só objetos pessoais. As roupas em malas de viagem. Os livros em sacolas de supermercado. E só. Tudo na mala do carro, em várias viagens. Um colchão no chão da sala, fazendo as vezes de cama e sofá. As panelas em sacolas pelo chão da cozinha. A televisão apoiada numa antiga mesinha de cabeceira. E felicidade estourando por todos os lados. Tudo era novo, estimulante, divertido. A gente ria das complicações, como quem debocha da vida, como quem diz "não adianta que você não vai me pegar".

Quando foi que a vida passou a ser tão complicada?
   



   20.3.06  
Um atendente da telemar acaba de me informar que meu futuro endereço não tem "disponibilidade técnica" para instalação do velox. E que devo "aguardar a expansão dos serviços".

Haha.

É pegadinha, né? Onde está a câmera escondida?
   


 
Vontade de comer ovo frito. Vontade assim como nunca senti vontade de nada na vida. Muita, muita mesmo. Meu reino por um ovo frito, etc. Dane-se a alimentação saudável. O que não é saudável é ficar nessa angústia toda só por causa de um ovo frito. Vou almoçar isso. Um não. Dois. Com macarrão. Minha médica não lê meu blog mesmo.

(Nesse momento eu só trocaria o ovo por uma bela dobradinha. Ou carne seca com abóbora. E farinha, claro. Meus pratos preferidos, pode acreditar. É por isso que nem vale a pena jogar na mega sena. Eu nasci pra ser pobre mesmo.)

ovos devidamente fritos e degustados, volto minhas atenções para o lanche. Enquanto estudo um texto sobre o "milagre econômico", já começo a sonhar com um pão francês quentinho, manteiga (com sal!) e mortadela fininha...
   


 
Eu nem tenho votado nos últimos paredões. Mas nesse eu acho que a gente vai ter que se esforçar. O que esse monge fez que mudou tanto a minha opinião? Agora ele está empatado com a Mariana em segundo lugar pra mim. Em primeiro, claro, continua o Rafael. Aqui em casa os votos estão divididos. Meu ranking pra final é esse aí. "Amado marido" (copyright Telinha) coloca o Gustavo na frente do Rafael (!!). E a Mariana também. Aliás, o Rafael, pra ele, é tão chato que só perde pro Tinho. Minha faxineira torce pra Mara. No dia seguinte ao paredão do Rafael ela chegou aqui em casa de cara amarrada falando "tá feliz, né? votou muito?". E a gente passa a manhã toda discutindo bbb. Não tem jeito dela não torcer pra Mara. E pro Agustinho em segundo lugar. Se a voz do povo é a voz de Deus, nem quero imaginar. Minha final preferida tem poucas chances de acontecer mesmo. Já que todo mundo agora inventou um drama pra não mandar a Mara pro paredão.

Mas a Mara é pra depois. Agora o negócio é tentar tirar o Tinho. Votem, votem, votem. Porque se terça feira ele me aparecer com aquela camisetinha no quintal levantando os braços e gritando "valeu, Brasil!", eu acho que vou vomitar. Meus enjôos estão voltando mesmo.
   



   17.3.06  
Eu sei que é coisa de velha chata. Que gosta de ficar criando regras pro condomínio pra passar o tempo e encher o saco dos outros moradores que tem mais o que fazer. Mas eu realmente acho que qualquer coisa que vá incomodar as outras pessoas deveria, no mínimo, ser avisada com antecedência. Sempre penso nisso no carnaval. Na minha rua desfilam alguns blocos. Antes e durante o carnaval. Não me incomoda. Ou não me incomoda tanto ao ponto de reclamar. Mas a rua é fechada com algumas horas de antecedência. A música é alta. Etc. E, se você não for um folião, corre o risco de só descobrir isso quando se vê preso num engarrafamento pra chegar em casa. Alguns blocos colocam faixas avisando o dia do desfile. Outros não. Eu acho que a Prefeitura, a partir do momento em que autoriza o bloco e disponibiliza pessoal para fechar a rua, deveria avisar aos moradores. Um comunicado oficial mesmo. Dia tal, de tal a tal hora, a rua estará fechada para o desfile do bloco, blablabla. E a gente se programa com antecedência. Tão simples.

Isso tudo só porque fui dormir quase cinco, já que hoje não tinha compromisso pela manhã e poderia acordar qualquer hora. E às oito começou um quebra-quebra que não me deixou mais dormir. Se eu tivesse sido avisada com antecedência que teria uma obra a essa hora, teria dormido mais cedo. É tão simples. Regras de convivência e tal. Mas não. Agora eu fico assim. O dia todo com dor de cabeça e mau humor.
   


 
E hoje eu cheguei ao consultório da médica quase na hora. Quase mesmo.

Só 24 horas e 1 minuto atrasada.
   



   16.3.06  
A curiosidade matou o gato (ou algo assim)

Eu fui fuçar o sitemeter e fiquei surpresa e curiosa. Porque a gente tem essa ilusão de que conhece todo mundo que lê o blog. Então eu fui olhando o nome das cidades e países e identificando as pessoas. Mas quem é que acessa de João Pessoa? De Curitiba? Do Japão? Da Suíça? Da Holanda? De vários outros lugares onde eu tenho certeza que não mora nenhum "leitor conhecido"? Por que ficam todos tão quietinhos?
   



   15.3.06  
Tanta coisa pra resolver. Coisinhas práticas. Burocracias. Só chatice. E coisas pra comprar. Ninguém acredita, mas eu não gosto de fazer compras. Bater perna, olhar vitrine, entrar em lojas, gastar dinheiro que eu não tenho. Tudo isso me incomoda e me irrita demais. Sem falar nos bilhões de textos pra ler. Eu vou enrolando enquanto posso. Aproveitei meu crédito na locadora e peguei "o virgem de 40 anos". Pois é. Chegamos a esse ponto.

Nada de novo. Metade do tempo eu passo dando patada nas pessoas. E a outra metade chorando arrependida. E assim se passam os dias.
   



   13.3.06  
"Não repara a bagunça não. É que estou de mudança, sabe como é..."

Aprendi essa desculpa quando estava procurando apartamento. Porque eu achava que quando uma casa estava à venda o proprietário se preocupava em mantê-la impecavelmente arrumada, para passar uma "boa impressão" aos interessados na compra. Descobri que nem sempre é assim. Claro que tem aquelas casas estilo dona-de-casa perfeita, nada fora do lugar, toalhinhas combinando no banheiro e tudo mais. Mas a maior parte dos apartamentos que visitei que ainda estavam ocupados tinham cara de "alguém mora aqui". Porque, sinceramente, essas casas que brilham vinte e quatro horas por dia sempre me intrigam. Como se fossem habitadas por ets, sei lá.

Então esta frase do início é a primeira coisa que a pessoa fala quando te recebe. Nem precisa ser verdade, descobri. É praxe mesmo. Praticamente um clichê. E dos mais úteis. Porque agora que não estou mais procurando apartamento, mas procurando comprador para o meu, entendi que não preciso deixar a casa igual a uma foto de revista de decoração. Eu já começo com "não repara não, é que estou de mudança, sabe como é..." É uma meia-verdade. Porque eu estou mesmo de mudança. Mas as coisas já estavamo fora do lugar bem antes disso. Assim, desde sempre. Mas ninguém precisa saber. Estar de mudança é uma ótima desculpa. Ainda bem.

Meu medo agora é o meu incrível potencial para me transformar naquelas pessoas que deixam tudo encaixotado por séculos depois da mudança. Aí nunca sabem onde está nada e começam sempre com aquele papo "é que acabei de me mudar". E a gente sabe que elas "acabaram" de se mudar, assim, há uns dez anos. Mas sabe como é, né...
   



   12.3.06  
Tem esse post das manias que eu estou devendo, né? Mas vou ficar só em uma hoje. Que eu acho que é a pior de todas, pelo menos, que eu me lembre, é a única que realmente me atrapalha. E que eu tento mudar. Não sei se é uma mania ou se é só um defeito mesmo. Mas é esse negócio de deixar sempre tudo pra última hora.

Sempre, sempre, sempre. Tudo mesmo. No último minuto.

No final, dá tudo certo. Mas, olha, isso esgota a pessoa.

Lógico, tem a ver com o trabalho. A entrega era hoje. Era um trabalho relativamente simples, e a data de entrega foi marcada no início do curso. Em maio do ano passado. Acredite. Quando eu planejei fazer? Em janeiro, aproveitando as férias. Quando eu comecei a pensar em fazer? Essa semana. Quando eu realmente comecei a me coçar e resolvi tomar uma atitude? Há uns dois dias. Quando eu realmente tomei a atitude? ONTEM. Troquei de tema e fiz em tempo recorde. Ficou com o padrão Angélica de qualidade? Claro que não. Mas, dentro da realidade atual, digamos que ficou mais do que aceitável. E foi entregue, que é só o que me importa agora. Agora só falta mais um e o trabalho final. Que deve ser entregue em setembro. Dois meses após o parto. Pode rir. Estou planejando deixar pronto até o final de junho. Porque depois disso, já era. Eu fico repetindo isso pra mim todo dia. Tenho que fazer com antecedência. Tenho que fazer com antecedência. Tenho que fazer com antecedência. Como um mantra mesmo. Porque, sem brincadeira, esse negócio de "última hora" um dia não vai mais funcionar e aí eu quero ver.
   



   10.3.06  


   


 
Eu não sei se é porque minha família é muito ripinica mesmo e transforma tudo num grande acontecimento ou se é só porque minha filha, além de ser nossa primeira, vai ser também a primeira neta dos quatro avós, a primeira sobrinha, etc. Só sei que na clínica onde eu faço as ultrasonografias, todos os outros clientes são finos, educados, silenciosos. As mulheres chegam sozinhas ou, no máximo, com um acompanhante. E eles permitem 3. Ontem eu entrei com 4. E ficou gente na sala de espera. Na próxima, entra quem não entrou nessa. Estou fazendo uma escala. Pra não precisar montar uma arquibancada, como já foi sugerido. (e antes que você pergunte porque vai todo mundo se já sabemos que não vão poder entrar, a resposta é: "para acompanhar". Não sou eu que vou discutir. Eu não peço pra ninguém ir. Mas se elas querem se despencar pra outro bairro só pra me acompanhar na sala de espera, por mim, tudo bem).

Durante o exame, qual a primeira frase que eu escuto? "Mas como você está branca!" E eu juro que não estou inventando. Mas a melhor frase foi da Nanda, assistindo ao vivo pela primeira vez:

- Parece um galetinho!
   



   9.3.06  
Uma canção para Ruth mim

O prazo para entrega dos trabalhos se esgotando, não tenho praticamente nada escrito e minha barriga dando pulos e mais pulos. No fim da tarde vou fazer outra ultrasonografia e só consigo pensar nisso, não consigo me concentrar em mais nada. Não tenho condição psicológica para escrever sobre elites, política imperial, construção do Estado nacional, essas coisas que um dia já me despertaram tanto interesse e que atualmente são só chatices e mais chatices. Admiro e invejo todas as mulheres que são mães, estudam, trabalham, tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Eu só consigo fazer uma coisa de cada vez. Meu medo vem daí. Estar grávida é minha atividade atual. Não consigo trabalhar. Não consigo estudar. Não consigo fazer nada que não esteja relacionado à minha barriga. Eu me boicoto o tempo inteiro. Estou a um passo de virar mãe-e-dona-de-casa. Não tenho mais forças para lutar contra isso. É uma armadilha mesmo. Tão bem armada que a gente que se acha tão esperta, quando vê, já caiu.

podem considerar como meu post atrasado pelo dia internacional da mulher
   


 
Filie-se ao MLAP

Aí eu tiro fotos da barriga e vou toda feliz mostrar pras pessoas. Quando é foto com a barriga coberta é sempre "onnnn", "que lindo", "está grande, hein?", "que barrigão!", "nossa, amei!", etc. E é pra isso mesmo que eu tiro as fotos, não se iludam. Pra receber elogios. hohoho

Mas quando é foto da barriga descoberta o comentário é um só. "Que bronze, hein?"

O que leva alguém a pensar que eu, branca azeda de dar dó, teria uma barriga bronzeada? Não adianta me conhecer bem. Minha cara. Meus braços. Minhas pernas. Tudo naquele branco desbotado, se é que isso existe. Nada prepara a pessoa para a visão de uma barriga gigante e branca. Mais branca que a cara, os braços, as pernas, porque não pega sol nunca, nem aquele solzinho básico no ponto de ônibus.

A Nicole Kidman é transparente e todo mundo acha lindo. Duvido que alguém chegue pra ela e fale rindo: "mas que bronze, hein?" Mas como eu sou uma pobre mortal, tenho que ouvir esta frase até da minha própria boca. Toda vez que me olho no espelho.

Por isso fundei o MLAP. Movimento Leve Angélica à Praia.

Filie-se djá!
   



   6.3.06  
Só mais uma coisa. Já li algumas matérias falando que Crash e Brokeback saíram empatados. Porque cada um ganhou 3 Oscars. Às vezes eu tenho dificuldade pra entender se estão falando sério ou se é sarcasmo mesmo. Porque ninguém pode levar a sério esse "empate". Não é assim que funciona e todo mundo sabe disso. Número por número, Memórias de uma gueixa também levou 3. E aí? Ah, foram categorias técnicas. Blá. Blá. Blá. Daqui a pouco você vai ver os anúncios do filme. "Vencedor de 3 oscars". Vão colocar isso na caixinha do dvd e tudo. Grandes merdas ter 3 oscars.

A história do empate é porque cada um ganhou um prêmio considerado técnico. Um de roteiro. E um dos principais. Mas tem que forçar muito a barra pra considerar isso um equilíbrio. Pense daqui a uns cinco anos. O Oscar do Ang Lee vai ser sempre do Ang Lee. Não do filme. E Crash vai estar em todas as retrospectivas como o vencedor.

(Nem falei dos modelitos. A verdadeira razão de ser do oscar. Mas é que acordei um pouco mal-humorada hoje, percebam)

(e você pode fazer este teste super preciso pra saber quem seria sua companhia ideal para a cerimônia do Oscar. A minha é o Sean Penn. Nada mal. Nada mal mesmo.)
   


 
Eu adoro o Oscar e blábláblá, todo mundo já sabe. Daí que ontem nem vi bbb, só pra acompanhar desde o início. Eu acho meio ridículo isso da globo comprar os direitos de transmissão de eventos e não mexer na grade de programação. Fiquei vendo na tnt mesmo. Nos comerciais colocava na globo pra ver se já estava no paredão. Quando acabou bbb, acabei assistindo na globo mesmo. Queria protestar e assistir na tnt até o final. Mas aquela tradução simultânea deles estava de doer. A verdade é que mesmo adorando oscar, não aguentei e cochilei no meio. Todo mundo diz que no segundo semestre da gravidez você fica mais bem-disposta e tal. Eu só sinto sono. Sono e cansaço. E não consigo me concentrar em nada. Tá me preocupando isso. Não por causa do oscar, claro. Mas tenho trabalhos para entregar que exigem muita concentração. E vontade de escrever. O prazo está apertando e eu só quero mesmo é dormir.

Mas é um post sobre o oscar.

Dos concorrentes a melhor filme eu vi Munique. Capote (que, aliás, merece um post). E Brokeback Mountain. E não tive nenhuma dúvida sobre meu favorito. Boa noite e boa sorte eu ainda quero assistir. Crash eu já não queria antes e agora quero menos ainda. No início não fui assistir porque tem a Sandra Bullock. E eu assisto muito porcaria, mas tenho meus limites. Depois, porque soube sobre o que era o filme e coloquei na categoria não vi e não gostei. Aí na última semana o filme começou a despontar como favorito. Eu cheguei a balançar. Pensei em ver. "Será que é mesmo bom?" e tal. Mas não passei do pensamento. Ontem minha sogra tentou me convencer das qualidades do filme, que ela assistiu essa semana. Eu disse que não via nenhuma. Ela falando maravilhas. E eu falando mal. Como ela também viu Match Point essa semana, foi minha vez de falar maravilhas. Porque eram concorrentes a roteiro original e tal. Aí ela disse que Crash era muito melhor. E ficamos nesse impasse. Pra mim, ficou tudo bem claro. Colocar Woody Allen no meio é meio como colocar a mãe na história. Não faltava mais desculpa nenhuma pra minha implicância.

E mesmo se faltasse, ela veio quando Jack Nicholson abriu aquele envelope.